Bornhausen não tem preferência por tucano

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, disse ontem em Cascavel, no Oeste do Estado, que o PFL não tem preferência entre o prefeito de São Paulo, José Serra, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ser o candidato na provável coligação entre o seu partido e o PSDB para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bornhausen esteve reunido com prefeitos, vereadores, deputados e lideranças do partido na Associação Comercial e Industrial de Cascavel.

Borhausen direcionou o tema do encontro para a eleição presidencial, avaliando que, enquanto o Supremo Tribunal Federal não dar a palavra final sobre a verticalização das alianças, a regra que proíbe os partidos que lançarem candidatos à presidência da República de fazer coligações diferentes da nacional nos estados, todos os acordos eleitorais estarão suspensos.

"Até esse dia, tudo nesse campo ficará empacado", declarou Bornhausen. O secretário geral do PFL, Élio Rush, disse que o partido no Paraná está seguindo seu rumo, sem se importar muito com a sobrevivência da regra. "Com ou sem verticalização, nós teremos uma frente de partidos contra o governo do Estado", afirmou o deputado paranaense, acrescentando que a única dúvida é se o PDT vai ou não estar nessa aliança.

No Paraná ou nacionalmente, os pefelistas não têm muitas dúvidas sobre a aliança preferencial com os tucanos. Mas a formalização do acordo somente ocorrerá em abril, depois que o PSDB tiver chegado a um acordo sobre o nome que lançará à presidência da República. Mesmo com tudo engatilhado para a aliança com o PSDB, o presidente nacional observou que ainda examina a possibilidade de lançar um candidato à presidência da República.

Contra

Bornhausen disse que é contra a vigência da verticalização por restringir a liberdade aos partidos de fazer seus acordos regionais. "Defendo a queda da verticalização. Num país continental como o nosso, as situações diversas nos estados devem ser respeitadas e não impostas de cima para baixo", comentou.

Para o presidente nacional do PFL, a manutenção da verticalização pode ser classificada como uma "ação anti-federativa". 

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