O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB) anunciou, ontem, os nomes de seus assessores que formarão sua equipe de transição. Com cinco membros, a comissão nomeada por Beto terá a tarefa de colher as informações da equipe a ser montada pelo governo do Estado, para que o novo governador assuma, em 1º de janeiro a par da situação do Estado.
O coordenador da equipe de transição de Beto será Carlos Homero Giacomini, atual secretário municipal de Planejamento de Curitiba. Ele trabalhará ao lado do advogado Ivan Bonilha, ex-procurador-geral do município e coordenador jurídico da campanha do tucano; Deonilson Roldo, ex-secretário de Comunicação e chefe de gabinete de Beto enquanto prefeito; Luiz Eduardo Sebastiani, secretário municipal de Finanças; e Norberto Ortigara, secretário municipal de abastecimento.
“São pessoas da minha inteira confiança, que estiveram a frente da coordenação e da elaboração do nosso plano de governo”, justificou Beto Richa, que deverá causar desfalques no secretariado do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB) na montagem de sua equipe de governo, embora não tenha confirmado, ainda, nenhum nome além de Flávio Arns (PSDB) para a pasta de Educação.
É muito provável que esses membros da equipe de transição devam compor o secretariado do novo governador. “Não pensei em nada em relação ao secretariado, não tive nem tempo para isso. E até tomar posse terei muito tempo”, desconversou o governador eleito.
Para Beto Richa, a equipe terá função fundamental para que possa começar a implantar seu plano de governo já nos primeiros dias de atuação. “Eles vão acompanhar junto com a equipe que for constituída pelo governador Pessuti as informações em relação ao Estado, as questões técnicas, as questões financeiras, todas as secretarias, toda a composição do estado para a gente tomar pé da situação”, disse. Pessuti deve nomear hoje seus indicados para equipe de transição.
O novo governador disse confiar numa boa transição com Pessuti, apesar de nas próximas semanas, os dois estarem trabalhando para campanhas adversárias no segundo turno das eleições presidenciais.
“São questões distintas, ele já me procurou, me dou bem com ele, em que pese ele ter apoiado meu adversário, temos uma relação de respeito e amizade, até”, disse o tucano.
Beto afirmou, ainda, contar com o apoio dos parlamentares do PMDB a seu governo e não descartou a possibilidade de ter algum peemedebista em sua equipe, mesmo com o partido tendo apoiado Osmar Dias nas eleições estaduais.
“Muitas pessoas do PMDB me ligaram para parabenizar, deputados eleitos, prefeitos, então acredito que posso continuar tendo uma boa relação com o PMDB, é compreensivo isso, porque nossa origem está no PMDB”, argumentou.