O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comentou ontem em Curitiba a declaração do economista Yoshiaki Nakano de que seria possível cortar drasticamente os gastos governamentais. Um dos coordenadores da campanha tucana e cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo Alckmin, Nakano disse, terça-feira, em entrevista a agências internacionais, que seria possível cortar os gastos governamentais para 3% do PIB já no primeiro ano do novo mandato. Bernardo disse ontem não acreditar em tal afirmação. ?O orçamento de 2007 prevê R$ 91 bilhões para despesas discricionárias (não obrigatórias) e a proposta dele prevê um corte de quase R$ 70 bilhões. Isso só seria possível se eles acabassem com o Ministério da Saúde, da Educação, do Desenvolvimento Social, entre outros. Acredito que ele não tenha falado isso, pelo menos, nesses termos. Se falou, foi porque não leu o orçamento?, disse.
Já sobre a campanha de reeleição do presidente Lula, Bernardo mostrou-se entusiasmado, principalmente com a divulgação da pesquisa Datafolha que coloca o presidente 11 pontos à frente de Geraldo Alckmin. ?Essa pesquisa mostra que estamos no caminho certo, o presidente aumentou em quatro pontos sua vantagem. Para mim, isso já é reflexo do debate. A postura agressiva que Alckmin adotou não foi bem aceita pelo eleitor?, comentou.