O primeiro ex-diretor a prestar depoimento à CPI do Porto de Paranaguá será o engenheiro Leopoldo Campos. Ex-diretor técnico do Porto, Campos deixou o cargo em 2007, após denunciar o ex-secretário Eduardo Requião ao irmão, o então governador Roberto Requião (PMDB), como responsável por uma série de irregularidades na autarquia.
Campos alegou que suas denúncias não foram consideradas. O presidente da CPI, Douglas Fabrício (PPS), pretende chamar ainda Eduardo Requião e seu sucessor na superintendência Daniel Lucio de Oliveira, que chegou a ser preso na Operação Dallas, da Polícia Federal, nas investigações sobre desvio de cargas, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.
Os documentos da Operação foram anulados pela Justiça. Fabrício disse que também será ouvido o ex-diretor técnico do Porto, Ogarito Linhares. Mas também será chamado a falar à CPI o atual superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) Airton Maron. “Vamos conversar com ex-direitores e também atuais. Existem algumas coisas a explicar”, justificou o presidente da CPI.
Campos teria mais revelações a fazer além daquelas que constavam de um dossiê que fez há quatro anos. “Ele tem uma série de informações que ainda não são conhecidas de público. Da outra vez, o Requião ignorou. A única providência foi jogar a sujeira debaixo do tapete e mandou o zelador embora”, afirmou.