Auditoria testará urnas eletrônicas

A confiabilidade do sistema de votação eletrônica será testada em uma auditoria programada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que realizará uma votação paralela nas eleições de hoje. Na manhã de ontem, um grupo de estudantes do Colégio Estadual do Paraná fez uma simulação de eleição, registrando seu voto em cédulas de papel. As opções dos estudantes serão digitadas durante o período de votação hoje, das 8 às 17 horas, por fiscais de partidos em quatro urnas eletrônicas escolhidas previamente. Se os votos coincidirem, na apuração final, o sistema é considerado integralmente seguro pela Justiça Eleitoral.

O presidente da Comissão de Auditoria de Verificação do Funcionamento das Urnas Eletrônicas, Luís Carlos Xavier, ao lado do corregedor do TRE, Ivan Gradowski, comandou o sorteio das urnas, realizado às nove horas de ontem, na sede do TRE em Curitiba. A votação paralela foi realizada nas eleições de 2002 pela primeira vez. O índice de acerto foi de 100%, informou a assessoria de imprensa do TRE. A expectativa é que o resultado se mantenha este ano.

Foram escolhidas quatro urnas entre as 23.075 instaladas em todo o Estado. São duas do Interior – Tunas do Paraná (seção 058, 48.ª Zona Eleitoral), Cascavel (seção 23, 185.ª Zona Eleitoral), uma da Região Metropolitana (Colombo – seção 39, 186.ª Zona Eleitoral) e a quarta de Curitiba (seção 196, 177.ª Zona Eleitoral – Associação das Senhoras de Caridade).

Essas urnas foram retiradas dos locais de votação, substituídas por urnas de contingência e transferidas para a sede do Tribunal Regional Eleitoral para a votação paralela. As urnas permanecerão em uma sala especialmente preparada para este fim.

A sala está sendo vigiada por câmeras de vídeo, que vão gravar as vinte e quatro horas em que os equipamentos estiveram sob o controle do TRE. É uma forma de assegurar que não haja nenhum tipo de interferência externa nos equipamentos que possam vir a alterar os votos dos estudantes. No início da apuração, os votos serão conferidos e comparados com as cédulas de papel.

Apreensão

O juiz Ulisses Lopes, da 4.ª Vara Eleitoral, determinou a busca e apreensão de material apócrifo que vinha sendo distribuído em Curitiba por um candidato a vereador do PPS. Ele espalhou pela cidade um panfleto com uma carta falsamente assinada pelo deputado Rafael Greca (inclusive com foto), com pedido de votos para o candidato pepesista. Greca reafirmou que vem pedindo votos apenas para os candidatos a vereador pelo PMDB.

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