Anunciados mais 6 nomes da equipe de Requião

Mais seis nomes da equipe do governador eleito, Roberto Requião (PMDB), foram anunciados ontem. A economista Eleonora Fruet irá ocupar a Secretaria de Planejamento; para a Secretaria de Habitação vai um antigo ocupante, o ex-deputado Luiz Cláudio Romanelli; o procurador Sérgio Botto de Lacerda será o novo procurador-geral do Estado; o delegado Adauto Abreu de Oliveira ocupará a chefia da Polícia Civil; o deputado estadual Algaci Tulio (PSDB) será o novo coordenador estadual do Procon (Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor); e o ex-vice-governador Ari Queiroz vai presidir o Conselho de Administração da Copel, que terá no comando o ex-governador Paulo Pimentel.

O vice-governador eleito e coordenador da equipe de transição, deputado estadual Orlando Pessuti (PMDB), disse que já estão “martelados” também os nomes dos futuros secretários de Meio Ambiente, Saúde, Transportes e Administração. Os titulares serão anunciados até a próxima segunda-feira (dia 16). Na Segurança, Pessuti confirmou que o próprio governador eleito vai comandar a pasta nos primeiros noventa dias de mandato.

O vice-governador eleito disse ainda que não está descartada a possibilidade de Requião convidar um deputado federal do PMDB para integrar sua equipe. A indicação de Eleonora Fruet não exclui um convite para o irmão da economista, o deputado federal reeleito Gustavo Fruet (PMDB). Eleonora já foi presidente do Conselho Regional de Economia e é filiada ao PMDB.

Adauto de Oliveira, atual corregedor-geral da Polícia, é um dos criadores do Grupo Tigre – uma força especial da Polícia Civil implantada durante o primeiro governo de Requião.

O convite para o tucano Algaci Túlio assumir o Procon foi motivado pela sua participação no segundo turno da campanha eleitoral quando apoiou o governador eleito. Tulio não conseguiu se reeleger para a Assembléia Legislativa. O deputado é egresso do grupo do governador Jaime Lerner (PFL). Foi seu vice-prefeito e seu líder de governo na Assembléia. Rompeu com o grupo em 1998.

Composição

Agora, já são quinze os integrantes conhecidos do primeiro escalão do futuro governo. Anteriormente, haviam sido confirmadas as indicações de Maurício Requião (Secretaria da Educação); deputado federal Padre Roque (Emprego, Criança e Ação Social); Luiz Mussi (Indústria, Comércio e Mercosul); Renato Adur (Desenvolvimento Urbano); Airton Pissetti (Comunicação Social); Caito Quintana (Casa Civil); Paulo Pimentel (Presidência da Copel); Orlando Pessuti (Agricultura); e Aldair Rizzi (Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior).

Na liderança do governo

O deputado estadual Angelo Vanhoni (PT) deverá ser o líder do governo Roberto Requião (PMDB) na Assembléia Legislativa. Ele havia sido convidado pelo governador eleito para assumir a Secretaria da Cultura, mas O Estado apurou que ele prefere ficar na Assembléia Legislativa defendendo os interesses do governo em plenário. Vanhoni pretende ser candidato a prefeito de Curitiba em 2004.

Até ontem no final da tarde, a futura posição de Vanhoni ainda não estava confirmada oficialmente. Pela manhã, entretanto, em reunião da bancada estadual do PT, Vanhoni pediu respaldo dos outros oito deputados do partido para sua indicação. Obteve e no início da noite, a bancada iria se reunir com Requião para fechar as negociações.

Além da liderança do governo, o “pacote” que seria apresentado pelos petistas a Requião inclui ainda a 1ª secretaria na Mesa Executiva da Assembléia Legislativa e a presidência da Comissão mais importante da Casa, a de Constituição e Justiça, por onde passam em primeiro lugar todos os projetos e mensagens do Executivo.

O acordo pode travar justamente na composição da chapa para a Mesa Executiva da Assembléia. O PMDB não abre mão da 1.ª secretaria, na chapa encabeçada pelo tucano Hermas Brandão, e Requião tem preferido se manter distante das articulações. Seu representante nas negociações para a composição da Mesa é o deputado estadual Caíto Quintana (PMDB), designado para fazer a articulação política do período de transição. Quintana vive repetindo que seu partido não abdica, em nenhuma hipótese, do cargo.

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