Alckmin e Mercadante travam confronto sobre educação

PSDB e PT travaram um confronto na área da educação na propaganda eleitoral gratuita exibida na noite de hoje (24). A peça do candidato tucano Geraldo Alckmin rebateu críticas do adversário petista, Aloizio Mercadante, de que em São Paulo não são entregues boletins escolares na rede pública de ensino e defendeu o sistema de progressão continuada, em vigor em São Paulo.

“Para o Mercadante, o boletim não existe”, provocou o locutor. O candidato do PT acusou o PSDB de ter “desmoralizado” o ensino público de São Paulo com o que chamou de “aprovação automática”. “Nos últimos 16 anos, o governo do PSDB desmoralizou o ensino público com a aprovação automática, essa coisa terrível de passar sem aprender”, criticou o petista.

A peça tucana teve como mote a defesa do sistema de progressão continuada, um dos pontos mais criticados pelo PT nas eleições deste ano. O PSDB trouxe para a TV eleitores e professores que são favoráveis ao programa. “É uma política educacional que não deve ser levada para a disputa política”, criticou uma docente.

O programa listou realizações do PSDB na área de educação nos 16 anos em que esteve à frente do Palácio dos Bandeirantes, como a introdução de dois professores em sala de aula e os reajustes de salários concedidos aos docentes. “Fui o governador que mais deu aumento para o professor”, disse o Alckmin.

A biografia do candidato a vice de Alckmin, o ex-secretário Guilherme Afif Domingos (DEM), foi apresentada pelo candidato do PSDB, que pediu votos ainda para o tucano Antonio Anastasia, atual governador de Minas Gerais que disputa a reeleição este ano.

Para criticar a política dos tucanos para a educação, o candidato do PT alegou que não existe a progressão continuada nos colégios particulares e afirmou que Alckmin “não acredita no que fala”. “Está na hora de arejar, trazer um novo modelo de governar.” No final da peça, um locutor convidou os telespectadores a irem em comício do PT no dia 27, no Sambódromo do Anhembi.

O candidato do PP, Celso Russomanno, afirmou hoje que, se eleito, vai transformar favelas em bairros e promoverá a distribuição de títulos de propriedade aos moradores de loteamentos irregulares. O programa foi concluído com um apelo do candidato para que os eleitores o levem ao segundo turno.

Paulo Skaf, do PSB, criticou a escassez de mão-de-obra qualificada e prometeu estender escolas técnicas, nos moldes do Senai, a todo o Estado. Fabio Feldmann (PV) abordou, através de um desenho animado, o uso de carros e a falta de investimento em transporte público. “O governo é responsável por oferecer um transporte público bom e barato”, disse.

Paulo Bufalo, do PSOL, destacou a luta dos parlamentares do partido na esfera nacional e disse que “o PSOL provou que faz a diferença”. Anaí Caproni, do PCO, usou seu tempo na TV para denunciar as punições contra funcionários da Universidade de São Paulo (USP) e acusou o governo tucano de tentar privatizar cursos.

Mancha, do PSTU, defendeu a luta dos sem-teto e mais políticas públicas para acabar com o déficit habitacional. E Igor Grabois, do PCB, propôs a criação de uma frente anticapitalista e pediu votos para os partidos de esquerda.