Agora é definitivo. PT está no governo

Agora é definitivo, o PT aceita participar diretamente do segundo mandato do governador Roberto Requião. A posição foi confirmada na reunião da Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores, ontem pela manhã, em Curitiba. Embora o partido garanta que havia necessidade de discussão, os principais líderes da executiva não escondiam que o encontro serviria apenas como mera formalidade, para apoiar os petistas cotados para assumir cargos no primeiro escalão do governo do Estado. Agora, para que o PT tenha mais três secretarias no governo do estado, só falta o governador fazer o anúncio oficial.

A reunião de ontem, primeira da executiva do PT em 2007, ratificou os nomes de André Vargas, para a Secretaria do Trabalho; Valter Bianchini, Agricultura, e Ênio Verri para a Secretaria do Planejamento. Além das três novas secretarias, o PT mantém-se à frente da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com Lygia Pupato; e da Celepar, com Marcos Mazoni. Outros nomes do PT ainda podem ser chamados para compor o segundo escalão. ?Mas essa decisão só pode vir do governo, que é quem tem o poder de mando?, afirmou Vargas, que garantiu que a discussão não seria só com a executiva do PT, mas também com lideranças do interior do Estado.

Agora, a comissão encarregada de falar com Roberto Requião sobre as secretarias oferecidas, formada pelos petistas André Vargas, Gleisi Hoffmann e Jorge Samek, terá novo encontro com o governador para tratar dos últimos acertos. Tal encontro deve ocorrer no início da próxima semana e uma das questões que ainda podem gerar alguma discussão é quanto à autonomia que os petistas terão para gerir suas secretarias e a possibilidade de montarem suas próprias equipes, sem muitos nomes impostos pelo governo do estado. O governador prometeu anunciar seu novo secretariado até o próximo dia 10.

Para o presidente do PT no Paraná, deputado e provável futuro secretário de Trabalho, André Vargas, o mais importante para o partido é o governo federal e a prioridade de todos os petistas é dar apoio e condições de crescimento ao governo Lula. Vargas acredita que ao assumir uma participação efetiva no governo Requião, o PT paranaense contribui também com o presidente. ?O PT nunca foi reivindicar cargos. O apoio dado nas eleições ao Requião se deu por conta dos projetos que estavam em disputa?, destacou.

Quanto a projetos de deputados petistas que podem gerar conflitos entre o governo, como, por exemplo, o fim do nepotismo defendido por Tadeu Veneri, os dois políticos não mantiveram o mesmo discurso. Na opinião de Verri esse tema sempre foi uma bandeira do PT, cujos membros teriam assinado um documento contra a contratação de parentes nas três esferas de governo. ?É claro que vamos manter nossa posição, que é histórica?, afirmou. Já Vargas disse que o partido não irá inibir os deputados do partido, porém ?tudo vai depender do trâmite legislativo e caberá à bancada do PT deliberar?. 

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