Aécio pede sandálias da humildade aos tucanos

Destacado pelo PSDB para ser um dos condutores do processo de escolha do candidato tucano à sucessão presidencial, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, antecipa que ela só deverá acontecer depois das prévias do PMDB, marcadas para o dia 19 de março. A partir do anúncio do adversário peemedebista, o partido decidirá, baseado em outros critérios também, se seguirá para a campanha com o prefeito de São Paulo, José Serra, ou o governador do estado, Geraldo Alckmin.

Na sua opinião, o presidente Lula, apesar de todo o desgaste sofrido, continua sendo um candidato competitivo, e por isso recomenda que o PSDB calce as sandálias da humildade. A despeito da acirrada disputa travada hoje com o PT, o mineiro acredita na possibilidade de petistas e tucanos estarem juntos no futuro. Mas, para isso, o novo presidente, sugere, terá de priorizar a reforma política, único instrumento capaz de libertar o país da polarização imposta pela política paulista.

Sobre a definição do candidato tucano à presidência da República, Aécio diz que não é preciso antecipar o cronograma. "Temos de saber utilizar o tempo. Não precisamos nos antecipar por pressão de outros, nem deixar que o tempo nos engula. No final de março, após as prévias do PMDB, é o momento de anunciarmos o nosso candidato", afirmou. Sobre o perfil do candidato, ele diz que o necessário é "competitividade", numa alusão de que o nome mais forte no momento é o de José Serra. "Precisamos que o candidato passe, não só para partido, mas para o país, a sensação de que pode vencer as eleições e construir uma grande base. A dificuldade do presidente Lula para compor uma base num eventual segundo mandato será, certamente, um componente eleitoral desfavorável para ele", disse Aécio.

Voltar ao topo