Acusado de fraude, prefeito de Itaperuçu é preso

O prefeito de Itaperuçu (Região Metropolitana de Curitiba), José de Castro França, foi preso na manhã de ontem, em sua residência. Ele é acusado de fraude em licitações e formação de quadrilha, entre outros crimes, e teve prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Paraná, atendendo solicitação do Setor de Crimes Cometidos por Prefeitos, do Ministério Público Estadual (MP).

 Também foram presos, Adnílson José de Castro França, filho do prefeito, Cláudia Mara Pedroso Moraes França, nora, e a secretária Marla Janice Redel. Adnilson é diretor financeiro do município e Cláudia Mara, ex-diretora.

De acordo com o MP, todos são acusados de desviar cerca de R$ 520 mil dos cofres da Prefeitura, ocultação de bens, intimidação através de violência, formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraude em licitação. Além dessas acusações, eles são suspeitos de organizar e ordenar o ?quebra-quebra? que destruiu o prédio da Prefeitura no final do ano passado, em um suposto protesto contra a violência local.

Expedidos ontem, os mandados de prisão foram cumpridos logo pela manhã por policiais militares e civis. Por volta das 7h, os policiais civis do Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) e militares da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) encontraram o prefeito em sua casa, no bairro Capinzal, em Itaperuçu. O filho e a esposa foram presos na casa que a família mantém no bairro Guaraituba, em Colombo. A secretária foi presa em sua residência, em Rio Branco do Sul. Os quatro foram levados para o Centro de Triagem II, em Piraquara.

Segundo o MP-PR, foram identificados até agora dois casos de inexigência de licitação e cinco casos de fraudes em processo licitatório, envolvendo compra de veículos e contratação de serviços de mão-de-obra, todos relativos ao ano de 2005. As cinco fraudes relacionam-se a procedimentos no valor de R$ 520 mil. As investigações de outros possíveis crimes prosseguem com a atuação das Polícias Civil e Federal. Ainda segundo o MP, o grupo estaria em plena atividade, praticando outros crimes que colocam em risco o patrimônio público municipal, além de estar tentando influenciar testemunhas e produzir ou suprimir documentos de forma ilícita, a fim de atrapalhar as investigações, o que levou ao pedido de prisão preventiva.

Voltar ao topo