Acordo reduz ritmo da AL durante a campanha

Até 6 de outubro, a Assembléia Legislativa vai funcionar em regime de campanha eleitoral. As sessões serão realizadas nas tardes de segundas e terças e nas quartas-feiras pela manhã. Nos demais dias, os deputados ficarão liberados para ir em busca de votos. O acordo foi feito entre a Mesa Executiva e os líderes do partidos, ontem, no início do semestre legislativo.

Na sessão de instalação dos trabalhos, 42 dos 54 deputados estiveram presentes. Este quórum, entretanto, dificilmente irá se repetir durante os dois meses da campanha eleitoral, admite o presidente da Assembléia, deputado Hermas Brandão (PSDB). Nos quinze dias anteriores à eleição, Brandão pretende reduzir ainda mais o ritmo dos trabalhos. Vai cancelar as sessões das quartas-feiras, concentrando as votações nas segundas e terças-feiras.

O líder do governo, deputado Durval Amaral (PFL), defendia uma fórmula mais radical: limitar a uma única semana todas as votações entre agosto e setembro. O pefelista previa a volta dos deputados ao trabalho apenas depois das eleições. Amaral, entretanto, acabou concordando com Hermas Brandão de que não precisava ir tão longe para que os deputados pudessem fazer campanha eleitoral.

O líder da oposição, deputado Waldyr Pugliesi (PMDB), disse que assim, pelo menos, os trabalhos legislativos ficam “menos hipócritas” durante a campanha. “É um sistema razoável. Pelo menos não é hipócrita. As sessões de quinta-feira eram pura ficção. Nunca compareciam mais do que meia dúzia de deputados”, comentou. O método também foi aprovado pelo deputado Augustinho Zucchi (PDT), mas desde que todos os deputados se comprometam a comparecer ao trabalho três vezes por semana. “O que não pode é ter vinte deputados vindo para a Assembléia e o resto fazer sua campanha tranquilamente no Interior do Estado”, comentou.

Em pauta

O presidente da Assembléia disse que não há muitas matérias importantes a serem votadas neste segundo semestre do ano. Ele cita como as mais urgentes as mensagens do governo criando a carreira de agente fazendário e a que trata do plano de carreira da Polícia Civil. O governo está prevendo a carreira de agente fazendário para os funcionários da Secretaria da Fazzenda que até a criação do Regime Jurídico Único eram contratados pelo regime CLT. Já o projeto dirigido à Polícia Civil, segundo explicou Durval Amaral, acaba com as distorções salariais provocadas pelo pagamento diferenciado das gratificações entre as categorias da corporação.

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