Acordo com o PMDB foge da realidade

O senador Alvaro Dias (PSDB) acha que está havendo um descompasso com a realidade nos meios tucanos e peemedebistas que vêm alimentando a tese de que poderá haver uma composição entre os dois partidos no Estado para a sucessão estadual do próximo ano. "Isso só existe no País das Maravilhas", disse o senador tucano que, hoje, em Brasília, será reconduzido à vice-presidência nacional do PSDB na convenção que elegerá o senador Tasso Jereissati para a presidência do partido.

Alvaro disse que a possibilidade de peemedebistas e tucanos subirem no mesmo palanque no Paraná em 2006 parece ter sido importada de outra galáxia. "É só no Paraná que se fala nisso e em nenhum outro lugar do planeta. É possível que alguns malabaristas tenham colocado o Paraná em outro planeta", ironizou o senador tucano.

Para Alvaro, não é preciso nem se deter nas desavenças locais entre os dois partidos para concluir que essa aliança não vai ocorrer. E a razão, segundo o senador, é que o PMDB e o PSDB terão candidatos próprios à Presidência da República. "O PMDB está trabalhando na sua candidatura própria. Não há dúvidas sobre isso, da mesma forma que o PSDB", afirmou.

A indicação de que há uma aproximação entre os dois partidos e que pode resultar no apoio do PSDB local à candidatura à reeleição do governador Roberto Requião em troca de um apoio do PMDB nacional à candidatura tucana à sucessão presidencial vem fazendo parte de análises e projeções dos tucanos paranaenses. O primeiro a falar no assunto foi o deputado estadual e vice-presidente do PSDB, deputado estadual Hermas Brandão. Recentemente, o presidente estadual do partido, deputado Valdir Rossoni, aderiu ao raciocínio, que foi muito bem recebido pelos peemedebistas.

Cedo

A pressa de setores do PSDB a pressionar por uma formalização do acordo com o PDT para lançar o senador Osmar Dias ao governo não é compartilhada pelo senador Alvaro Dias. Ele acha que este é um assunto para o início do próximo ano. E foi o que Alvaro disse ontem aos deputados federais Gustavo Fruet, Affonso Camargo e Luiz Carlos Hauly durante uma conversa sobre sucessão estadual.

As regras eleitorais, como a manutenção ou não da verticalização das coligações, impedem que as conversas sobre candidaturas avancem, disse Alvaro. "Não podemos colocar o carro na frente dos bois", observou o senador, que tem evitado se aventurar pelos meandros das definições tucanas, neste momento. 

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