Policias Federais em greve terão ponto cortado

Brasília – Os policiais federais que estão em greve terão que entregar as armas e uniformes, de acordo com portaria assinada pelo diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda. E o policial que não comparecer ao trabalho terá desconto no salário.

A portaria determina que seja garantido aos servidores policiais, administrativos e prestadores de serviço que não aderirem à greve acesso ao local de trabalho. Se necessário, é recomendado apoio das forças policiais locais para impedir o constrangimento ilegal aos servidores e à população, ou a ocorrência de danos ao patrimônio público.

Por determinação do diretor da Polícia Federal, todos os serviços essenciais deverão ser mantidos, como plantão, custódia, condução de presos por requisição judicial, segurança de dignatários, proteção de testemunhas e de pessoas ameaçadas, emissão de passaportes, controle migratório nos portos, aeroportos e pontos de fronteira.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), João Valderi de Souza, considera a portaria ilegal, e anunciou que equipamentos como coletes e armas não serão entregues ao Departamento. ?As ordens absurdas, não se cumprem?, ressaltou.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, informou que estão assegurados os 30% dos serviços essenciais exigidos por lei, como a segurança nos aeroportos, portos e fronteiras. Mas, segundo ele, alguns serviços, como emissão de passaporte, estão funcionando precariamente. ?Estamos fazendo o melhor possível para não perder o apoio da população?, disse Garisto.

A greve de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal começou hoje em todo país, exceto Minas Gerais, que deve iniciar a paralisação na quinta-feira. Os policiais reivindicam melhores condições de trabalho e o cumprimento da Lei 9.266, de 1996, que transformou a carreira de policial federal de nível médio para nível superior.

Voltar ao topo