Polícia suspeita de elo entre mortes de milionário e vigia

Depois de despachar durante quase uma hora com a juíza da 2ª Vara de Rio Bonito (RJ), Renata Gil de Alcântara, o delegado Ademir Oliveira, da delegacia do município, admitiu que as investigações sobre o assassinato do vencedor da Mega Sena Renné Senna poderão ser transferidas para a Delegacia de Homicídios. Segundo Oliveira, o inquérito deverá ser avocado porque, para a polícia, o assassinato de Senna pode ter conexão com o assassinato de um ex-segurança do milionário, o soldado PM David Vilhena Silva, de 35 anos

O policial foi morto no dia 4 de setembro de 2006, na Estrada das Canárias, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, com dois tiros. Embora a princípio a polícia tenha falado em latrocínio, há informações de que, na verdade, foi uma emboscada. A viúva de Senna, Adriana Almeida, foi presa ontem e indiciada pelo assassinato do milionário

Oliveira não quis confirmar a existência de outros mandados de prisão, além do que determinava a prisão de Adriana. A existência de outros mandados foi admitida ontem pelo Tribunal de Justiça, em nota. O delegado também não teceu comentários sobre possíveis informações que comprometam Adriana que tenham sido obtidas por meio de escutas telefônicas. "O processo está em segredo de Justiça. Se eu comentá-lo, cometerei crime", afirmou Oliveira

Questionado se já possui provas da participação de Adriana na morte do ex-marido, o delegado foi lacônico: "A polícia não trabalha com provas, mas com indícios. Tenho indícios suficientes que permitiram que fosse decretada a prisão preventiva dela.

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