Polícia prende dois dos principais traficantes da Cidade Industrial de Curitiba

Policiais da Delegacia Antitóxicos (Datox) prenderam nesta terça-feira (24) dois dos principais traficantes de drogas que agem Vila Nossa Senhora da Luz, na Cidade Industrial de Curitiba. Cecília Proc, 51 anos, e seu filho, Luiz Carlos Santos Proc, 28, eram procurados há mais de quatro meses pela polícia. A ajuda da população através de denúncias pelo 181 foi decisiva para a prisão dos dois traficantes.

Com eles a polícia apreendeu uma pistola calibre ponto 40, de uso exclusivo das polícias Civil e Militar, além de uma pistola 380, 90 munições de diversos calibres, inclusive para fuzil 762, um colete à prova de balas e um par de algemas. ?Eles são considerados de alta periculosidade. Prova disso são as armas que foram encontradas. Várias delegacias, como a Homicídios e a de Furtos e Roubos de Veículos também estavam à procura dos dois?, contou o delegado Wallace de Castro, da Datox, que coordenou a prisão dos traficantes. Na casa de Cecília e Luiz Carlos a polícia também encontrou mais de R$ 600,00 em dinheiro, 21 pedras de crack, uma balança de precisão, 150 maços de cigarros contrabandeados do Paraguai, dez carteiras com documentos de diversas pessoas, dois aparelhos de DVD, uma televisão 29 polegadas e três celulares.

Segundo o delegado Alfredo Dib Júnior, titular da Datox, a polícia investigará agora como os criminosos conseguiram as armas de uso exclusivo das polícias Civil e Militar e também das Forças Armadas, o colete balístico e as algemas. ?A pistola ponto 40 estava com a numeração lixada. Todas as armas serão enviadas para perícia para que possamos descobrir de onde vieram e como foram parar nas mãos dos traficantes?, explicou.

Cecília e Luiz Carlos Proc responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e roubo. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.

Antecedentes

Luiz Carlos Santos Proc é acusado de ter participado do homicídio da traficante Marli Celestina Cazilio da Silva, em outubro de 2004. Ela foi morta a tiros, dentro de um Astra Branco, por uma quadrilha de traficantes rival. O Astra foi encontrado dias depois, por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, no bairro Cotolengo, em Curitiba. Para tentar flagrar os bandidos, a polícia fez campana no local. De acordo com a polícia, três pessoas em um Opala chegaram no local e, quando perceberam a presença dos policiais, começaram a atirar contra os investigadores e conseguiram fugir. A placa do Opala foi consultada e foi constatado que o veículo era de Luiz Carlos Proc.

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