Por solicitação do Ministério Público de Santa Catarina, a Polícia Militar fez ontem uma incursão nos bingos da capital catarinense. Das sete casas visitadas, quatro estavam funcionando e foram fechadas, sendo três no centro de Florianópolis e uma na zona continental. Quatro pessoas responsáveis pelos estabelecimentos autuados foram encaminhadas à Central de Polícia e responderão a inquérito. De acordo com o major Newton Ramlow, geralmente quem responde pelo funcionamento são os gerentes. "Nessa hora, os proprietários somem", observa. Com a derrubada das liminares que concediam licença para funcionamento, a atividade dos bingos configura uma desobediência legal.
Ao contrário dos bingos, as loterias eletrônicas estão em plena ação. Em fevereiro de 2007, através do decreto nº 076, o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) autorizou a Companhia do Desenvolvimento de Santa Catarina (Codesc) a regulamentar a atividade das videoloterias ou jogos eletrônicos. Nesse sentido, podem funcionar duas categorias de salas: as que tenham entre cinco e dez máquinas e as com no mínimo 30 máquinas. Com relação aos bingos, a situação é clara: estão proibidos desde agosto de 2006.
Apesar da proibição e das batidas policiais, quem procurar nos guias de entretenimento da internet irá encontrar vários anúncios de bingos em Florianópolis, com endereço e telefone. Alguns não respondem mas, com um pouco de sorte, é possível fazer contato. Ao ser perguntada sobre o funcionamento ilegal, uma proprietária que, evidentemente, não quis ser identificada, foi direta: "Se é ilegal, não sei, mas que estamos funcionando, estamos.