Polícia Federal investiga fraude em exame da OAB

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar uma suspeita de fraude no último exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília. A principal suspeita é a advogada Priscila Almeida Antunes, examinadora da prova de direito penal, que será convocada para depor. As respostas do questionário de um candidato teriam sido preenchidas com letra diferente da dele, depois de ter sido entregue em branco, conforme apurou sindicância da própria OAB.

O inquérito corre em segredo de Justiça e deverá ser concluído até meados de abril. A PF investigará se existe na OAB um esquema de venda de provas para ingresso na OAB, um dos exames mais rigorosos do País, ou se foi uma fraude isolada. "Temos laudo de que houve a fraude. O fato é gravíssimo e queremos uma investigação a mais ampla possível", disse o vice-presidente da entidade, Paulo Thompson Flores. Procurada, a advogada não foi localizada.

O exame foi aplicado em dezembro de 2006 para 600 candidatos e a fraude, conforme notícia-crime entregue pela OAB à PF, foi descoberta em 1º de fevereiro passado. Os fiscais notaram que a caligrafia das respostas era diferente da original de um dos candidatos, quando ele dissertou sobre cinco questões de direito penal. "Essa pessoa passou, apesar de ter entregue as respostas aos cinco quesitos em branco", disse Flores. A comparação de caligrafia foi feita com a ficha de identificação do candidato. O Tribunal de Ética da Ordem acompanha as investigações.

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