Polícia descobre esquema de prostituição infantil em Minas Gerais

A prisão de um homem e uma mulher no Triângulo Mineiro levou a polícia a desvendar o desaparecimento de uma menina de 12 anos no Rio Grande do Sul. Ela ficou duas semanas presa num quarto sem janelas, na cidade de Delta, no interior de Minas Gerais. A menina, que havia sido raptada em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, contou que estava entre um grupo de jovens vítimas de um esquema de prostituição infantil. Segundo ela, pelo menos outras três adolescentes faziam parte do grupo – uma de 14 anos, outra de 15 anos e a terceira com 17 anos.

A garota acreditou na falsa promessa de que trabalharia como modelo. Um homem e uma mulher que tentavam fazer documentos falsos para a menina foram presos e levados para a Penitenciária de Uberaba. A adolescente falou que ela seria ‘vendida’ pelos acusados.

A Polícia do Rio Grande do Sul investiga agora se há ligação entre os presos em Minas Gerais e o desaparecimento de outra menina, de 11 anos, que foi levada de casa, em maio do ano passado, e que até hoje não foi localizada.

O casal também é suspeito de tentar tirar do Rio Grande do Sul outras duas crianças – uma menina de nove anos e um menino de apenas sete meses. Quem acusa é a mãe das crianças, Evi Peres. Ela revelou que a mulher prometeu uma vida de luxo para as crianças em São Paulo, onde dizia morar.

"A tentação dela foi fazer promessas para minha menina, que ela ia só brincar, que lá ela teria tudo, conforto, luxo. Ela queria que eu fosse no Conselho Tutelar para passar uma procuração para ela para levar embora a menina", disse a dona de casa.

Os investigadores suspeitam que o esquema de prostituição infantil tenha ramificações em outros Estados e até fora do País. De acordo com o delegado Paulo Costa Prado, "com certeza, as meninas seriam usadas para a prostituição. São crianças que, pela sua condição, não têm condição de reação". Uma equipe de policiais gaúchos está viajando para buscar os presos e a menina.

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