A Polícia Civil de Maringá apreendeu 400 gramas de crack, em tabletes, em uma casa em Sarandi, no fim da tarde de segunda-feira. De acordo com o delegado-chefe da 9.ª Subdivisão Policial, Marcolino Aparecido da Costa, o material seria transformado em 2.400 pedras da droga, que seriam vendidas a R$ 10 a unidade. Este foi o maior volume da droga retirado de circulação no município.
Junto com o entorpecente foi apreendido um revólver, calibre 38, uma espingarda de pressão, cinco cartuchos intactos, um pé de maconha, material para consumo de drogas, uma motocicleta 750 cilindradas e uma Parati com placas de Florianópolis (SC), bem como muitos documentos pessoais provavelmente falsificados. De acordo com o superintendente João Osmar Evarini, polícia identificou como Fábio Alves de Oliveira o proprietário do imóvel, e espera sua apresentação espontânea. Caso contrário, será pedida sua prisão preventiva.
Há suspeitas de que quatro pessoas iriam revender o crack. Para o delegado-chefe, a quadrilha era uma das principais responsáveis pela comercialização da droga em Sarandi e Maringá.
Efeitos ? Consumido em forma de pasta não refinada com bicarbonato de sódio, o crack pode ser até cinco vezes mais potente do que a cocaína, matéria-prima principal para a produção das pedras. Seu efeito dura, em média, dez minutos. Os pulmões absorvem quase 100% da droga inalada. Depois de rápida euforia, a pessoa é acometida por profunda depressão. Por causa da rapidez do efeito, o usuário consome novas doses para voltar a sentir uma nova euforia e sair do estado depressivo.
A droga ocasiona ainda hiperatividade, insônia, perda da sensação de cansaço, redução de apetite, peso e desnutrição. Com o tempo e uso, aparecem cansaço intenso, forte depressão e desinteresse sexual. Os dependentes se tornam violentos, irritando-se facilmente. Tremores, paranóia e desconfiança também são comuns. Normalmente, os usuários apresentam lábios, língua e garganta queimados por causa da forma de consumo da substância.
Demais conseqüências: problemas no sistema respiratório, a exemplo de congestão nasal, tosse, expectoração de muco preto e sérios danos nos pulmões. Há o forte risco de ataque cardíaco e derrame cerebral por causa de considerável aumento da pressão arterial. Contrações no peito seguidas de convulsões e coma também são causadas pelo consumo excessivo da droga.