PM começa a ouvir 22 policiais envolvidos em assassinato

O 5.º Batalhão da Polícia Militar, em Londrina, começa a ouvir os 22 policiais acusados de ter participado do assassinato de Jamys Smith da Silva, 20 anos, que morreu depois de ter sido espancado na madrugada de domingo (15). Os depoimentos começam a ser tomados nesta quinta-feira (19). O Ministério Público Estadual, através da Promotoria da 1.ª Vara Criminal de Londrina e um representante da Ordem dos Advogados do Brasil de Londrina acompanham toda a investigação feita pelo 5.º BPM a pedido da Polícia Militar.

Até esta quarta-feira (18), a polícia ouviu a família da vítima e os vizinhos que testemunharam o espancamento. Durante este período também foi feito o levantamento dos outros vinte policiais que participaram do episódio para que também possam ser investigados e sofrer as conseqüências do Inquérito Policial Militar. Dois soldados já estão presos e também prestaram depoimento nesta fase das investigações.

Desde segunda-feira (16), o 5.º Batalhão está em contato com os familiares de Jamys para que eles prestassem depoimento no quartel. A mãe do rapaz foi interrogada na terça-feira (17) e levou à polícia o cacetete quebrado, que teria sido utilizado pelos policiais no espancamento. Foram ouvidos também a irmã da vítima e um morador que testemunhou o crime. Nesta quarta-feira (18), a tia, o irmão e um amigo de Jamys que estavam no local também foram ouvidos.

De acordo com o 5.º BPM, o termo de reconhecimento dos agressores já foi concluído e os policiais Juliano Ferraz Dias e Marco Aurélio da Silva Barbosa, foram confirmados pelas testemunhas como os agressores. Eles estão presos, na sede do Corpo de Bombeiros, em Londrina, e no Batalhão.

Até o final da tarde desta quarta-feira (18), a polícia também interrogaria a médica que atendeu a emergência num posto de saúde 24 horas, que fica próximo ao local onde aconteceu a morte. Após a conclusão do inquérito, prevista para esta sexta-feira (20), o caso será encaminhado ao Ministério Público.

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