Pleito influente

É forte o cartel político do ex-governador e ex-candidato presidencial Geraldo Alckmin entre os tucanos paulistas. De modo específico, é ponderável o seu cacife junto ao próprio governador José Serra, que ao vencer a eleição para o governo estadual passou o cargo de prefeito de São Paulo ao vice Gilberto Kassab, hoje destacado quadro do Democratas.

Ninguém ignora a força que Serra sempre fez para manter incólume a tradicional aliança PSDB-DEM em São Paulo, celebrada desde a eleição do governador Mário Covas e vigente em sua eleição para a Prefeitura. Também se sabe que a preferência de Serra era hipotecar o apoio tucano à reeleição de Kassab já no primeiro turno.

 Pressões legítimas de parte do tucanato, porém, se tornaram cada vez mais concretas e Serra não teve escolha senão jogar a toalha, reconhecendo que Alckmin, se quiser, será candidato a prefeito de São Paulo. Kassab também não abrirá mão da candidatura e, dependendo das circunstâncias, a aliança só se tornaria viável no segundo turno.

As conjecturas insinuam que 2008 é um espelho das eleições presidenciais de dois anos mais tarde. E, ainda, que a indicação de Alckmin fortalece, sobremaneira, o poder de fogo do governador mineiro Aécio Neves, avalista maior do ex-governador, quanto à virtual candidatura presidencial tucana em 2010.

Do lado petista, a ministra e ex-prefeita Marta Fabre é a única que pode pleitear a candidatura, portando condições efetivas de não ser apenas um nome a mais na disputa eleitoral. Como se observa, o pleito paulistano terá, sem a menor dúvida, acentuada influência sobre a eleição do futuro presidente da República.

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