Plano Nacional do Livro quer aumentar em 50% índice de leitura

A frase do escritor Monteiro Lobato de que um país se faz com homens e livros serviu de inspiração para o governo federal criar o Fome de Livro – Plano Nacional do Livro e Leitura. Em três anos, com o apoio da iniciativa privada, a meta é aumentar em 50% o índice de leitura no Brasil.

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Livro. A data serve para uma reflexão sobre os motivos que levam o brasileiro a ter um dos piores índices de leitura do mundo e como mudar essa realidade. Vinte e nove de outubro foi escolhido Dia Nacional do Livro por ser a data de fundação da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Levantamentos mostra que a média de leitura no país é de 1,8 livro por habitante/ano. Na Colômbia, esse índice chega a 2,4 por habitante/ano contra cinco nos Estados Unidos e sete na França.

Galeno Amorim, coordenador do Fome de Livro, informa que entre as metas do plano nacional está a implantação de duas mil bibliotecas, especialmente nas cidades que não dispõem de salas de leitura. As metas incluem também a distribuição anual de 1 milhão de livros gratuitos em estádios e 1 milhão em cestas básicas, formação de 100 mil mediadores de leitura, financiamento às editoras para aumentar a tiragem das publicações e redução de custos.

Galeno Amorim destaca que o brasileiro tem motivo para comemorar o Dia do Livro. ?Essa tomada de consciência, essa disposição de dar uma grande virada e enfrentar o desafio de aumentar o interesse dos brasileiros em ler já é um bom motivo para comemorar o Dia do Livro”, enfatiza.

O Plano do Livro e Leitura vai colocar em prática, de acordo com Galeno Amorim, a política nacional para o setor. Ele explica que o plano se desenvolve em eixos básicos: democratizar o acesso ao livro, abrir novas bibliotecas e reaparelhar as já existentes, distribuir livros, fazer campanhas para incentivar a população a ler e conceder incentivos a editores e livrarias para baratear o preço das publicações.

A política de incentivo à leitura do Ministério da Cultura será desenvolvida em parceria com instituições financeiras públicas, organizações não-governamentais e empresas do mercado editorial. Além do Plano do Livro e Leitura, a política nacional inclui a criação do Conselho Nacional do Livro e Leitura; a regulamentação da Lei do Livro e o calendário de 2005, escolhido como Ano Ibero-americano da Leitura.

Voltar ao topo