PIB mostra que País não cresceu com FHC, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, com os novos dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou comprovado que a economia brasileira não estava crescendo no governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo Mantega, pela nova metodologia do IBGE, a taxa média de crescimento no primeiro e segundo mandatos de Fernando Henrique caiu.

De acordo com os números mencionados pelo ministro, a taxa média de crescimento do PIB no primeiro mandato do governo FHC recuou de 2,6% para 2,44% e, no segundo, de 2,3% para 2,15%. Já no primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou Mantega, os dados do IBGE mostram, a cada ano, um avanço de 0,5 ponto porcentual a mais do que havia sido divulgado quando vigorava a metodologia antiga.

Como a expansão da economia em 2006 pelo novo cálculo ainda não foi divulgada pelo IBGE, o ministro da Fazenda chegou a fazer, durante a entrevista, um cálculo utilizando para o ano passado um crescimento também de 0,5 ponto porcentual a mais para chegar a uma média estimada de expansão no governo Lula de 3,3%. Mantega fez o cálculo para mostrar a diferença de desempenho da economia nos dois governos.

O ministro já havia falado, hoje de manhã, em São Paulo, sobre a revisão dos dados do PIB, mas agora, à tarde, já em Brasília, fez questão de convocar a entrevista coletiva no Ministério da Fazenda.

Ele disse que os novos dados do IBGE corrigem uma contradição entre o PIB e variáveis econômicas e sociais que indicavam um aumento do nível de bem-estar da família brasileira, como avanço da massa salarial, do consumo e do emprego. "Havia uma desconexão. O IBGE coloca a coisa no seu devido lugar", afirmou Mantega.

Ele reiterou que ficou muito satisfeito com a revisão dos números, porque mostra que o Brasil já entrou na rota do crescimento sustentável. Segundo o ministro, as mudanças na metodologia de cálculo do PIB foram necessárias, porque a realidade econômica vai-se modificando – alguns produtos e setores desapareceram, e novos surgiram.

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