PF prende quadrilha de produção e contrabando de cigarro

A Polícia Federal acredita ter desbaratado uma das principais quadrilhas de contrabando de cigarros do País. Cinco pessoas foram presas hoje pela manhã, duas em Foz do Iguaçu (PR), uma em Guaíra (PR), uma em Eldorado (MS) e outra em Ribeirão Preto (SP). Elas também são acusadas de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Com os integrantes da quadrilha foram apreendidos carros e aviões – a suspeita é de que tenham sido comprados com recursos provenientes da atividade ilícita.

A Operação Nicotina, segundo o delegado da PF em Foz, Joaquim Mesquita, envolveu também as superintendências regionais do Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia, São Paulo e Distrito Federal. O trabalho começou pela Bahia, com a investigação em torno das atividades de uma organização que agia no comércio de cigarros contrabandeados e falsificados, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

As investigações mostraram que o grupo era bastante complexo e organizado e se ramificava por diversos Estados. Também se descobriu que uma das principais bases estava em Foz do Iguaçu, em razão da proximidade com a Ciudad del Este (Paraguai), onde existem fábricas de cigarros, e Guaíra, por onde passam os carregamentos vindos de Salto del Guayra, também no Paraguai. Com isso, o grupo dominava todo o processo desde a fabricação até a distribuição dos cigarros em vários Estados.

Foram presos João César Passos e João Celso Minosso, em Foz do Iguaçu; Mário Augusto Passos, em Guaíra; e Dalton de Paula Freitas Filho, em Ribeirão Preto. Segundo a polícia, eles eram sócios-proprietários de fábricas de cigarros no Paraguai. No Mato Grosso do Sul eram feitos os acertos para a entrada ilegal da mercadoria no Brasil. Ali foi preso Luiz Carlos Rando, um dos principais distribuidores e transportadores da organização criminosa. Normalmente, os cigarros eram escondidos em fundo falso de caminhões-tanque.

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