Em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná uma operação deflagrada hoje pela Polícia Federal (PF) prendeu três acusados de fraudar a Previdência Social para conseguir benefícios a si próprios. Por meio de um mandado expedido pela 1.ª Vara Federal Criminal, foram detidos um funcionário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), um advogado e uma contadora.
Nem os nomes nem os valores supostamente desviados foram divulgados. No cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, foram recolhidos vários documentos e computadores, que serão periciados. A Operação Quati – qualificada assim porque o animal é característico da região e age de forma dissimulada para roubar os que passam por perto – era preparada desde 2004. Na ação de hoje, estiveram envolvidas cerca de 70 funcionários públicos federais, entre policiais, auditores do INSS e um procurador da República. Os três presos foram surpreendidos quando estavam em suas casas.
A PF apurou que uma das formas de agir da suposta quadrilha consistia no recebimento indevido de valores registrando cidadãos mortos como beneficiários do sistema.
Além disso, a polícia ainda acusa-os de aliciarem idosos e cidadãos com pouca instrução. Os suspeitos retinham os documentos dessas e davam entrada nos papéis recebendo os proveitos no lugar dos verdadeiros aposentados.
A polícia continua as investigações e não descarta a participação de outras no esquema fraudulento. Os três detidos estão na sede da PF na cidade, à disposição da Justiça Federal.