PF ainda faz buscas no interior do CE em busca de ladrões do cofre

Fortaleza (AE) – Desde a descoberta do furto ao cofre do Banco Central (BC), em Fortaleza (CE), no dia 8 de agosto, a Polícia Federal tem feito diligências constantes no interior do Ceará e em outros estados, principalmente, em São Paulo. Segundo a Superintendência da PF no Ceará, com o seqüestro seguido de morte do traficante Luiz Fernando Ribeiro, de 26 anos, o "Fê", não será preciso enviar equipes locais para a capital paulista porque agentes da própria PF de São Paulo, de Brasília e de Fortaleza já estão no caso procurando, há mais de três meses, outros integrantes da quadrilha que levou, entre os dias 5 e 6 de agosto, R$ 164,7 milhões do BC, ação considerada a maior do gênero já realizada no Brasil e a segunda no Mundo.

Fê foi morto no dia 9 deste mês, horas depois de a família pagar R$ 2 milhões de resgate. Apontado pela polícia paulista como um dos líderes do tráfico de drogas no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, ele teria financiado com R$ 300 mil a escavação do túnel de 80 metros usado para arrombar o cofre do BC de Fortaleza.

A PF trabalha com a informação de que Fê teria ficado com R$ 25 milhões furtados do BC e que os R$ 2 milhões pagos de resgate seriam parte desse dinheiro.

Até agora, mais de três meses do furto milionário ao BC, a PF recuperou apenas R$ 18 milhões. Sete homens estão presos na carceragem de Fortaleza. A polícia procura outros 17. Entre eles Antônio Jussivan Alves dos Santos, o "Alemão", apontado como o mentor intelectual da quadrilha; Marcos Rogério Machado de Morais, o "Rogério Bocão", irmão do empresário José Charles, dono da JE Transportes; e Marleudo de Almeida, natural do Rio Grande do Norte, identificado através das impressões digitais colhidas na falsa empresa "Grama Sintética", da Rua 25 de Março, 1071, Centro de Fortaleza, a partir de onde foi construído o túnel até a sede da PF no Ceará .

Alemão e Rogério Bocão são naturais de Boa Viagem, a 260 quilômetros de Fortaleza. Desde o início das investigações, agentes federais fazem buscas na cidade. Vez ou outra os moradores de lá são surpreendidos. "Um amigo meu que mora lá disse que eles (os federais) vasculham tudo. Acharam dinheiro escondido dentro de uma caixa de garrafas de cachaça", disse uma moradora de Pedra Branca, município vizinho.

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