Petróleo encerra em alta com ataque na Nigéria

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) e na Bolsa Intercontinental (ICE, de Londres). O mercado reagiu ao noticiário sobre um ataque de guerrilheiros a uma instalação de bombeamento de petróleo da ENI na Nigéria e a sinais da Arábia Saudita de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) poderá reduzir ainda mais sua produção.

Embora o ataque dos guerrilheiros do Movimento pela Emancipação do Delta do Niger (MEDN) tenha reduzido a produção da região em apenas 50 mil barris por dia, ele influenciou os preços porque a embaixada dos EUA na Nigéria havia alertado, na sexta-feira, para uma onda de até 20 ataques contra instalações de petróleo do país. O próprio MEDN havia lançado na sexta-feira a "operação Novembro Negro", advertindo as empresas de petróleo que operam no delta do Niger a esvaziarem suas instalações em três dias.

Por sua vez, o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi disse que a Opep deverá reduzir sua produção ainda mais. "Se o mercado está desequilibrado, nós vamos tomar novas medidas. O mercado não está em equilíbrio, os estoques estão grandes demais", disse Naimi, que deve se reunir com outros ministros do Petróleo dos países do Golfo Pérsico nesta quarta-feira em Abu Dhabi. "Os sauditas estão começando a falar, o que representa uma página nova no livro", comentou Peter Beutel, da Cameron Hanover.

Na Nymex, os contratos de petróleo bruto para dezembro fecharam a US$ 60,02 por barril, em alta de US$ 0,88, ou 1,49%; a mínima foi em US$ 58,50 e a máxima em US$ 60,56. Na ICE, os contratos do petróleo Brent para dezembro fecharam a US$ 59,75 por barril, em alta de US$ 0,60, ou 1,01%, com mínima em US$ 58,49 e máxima em US$ 60,40. As informações são da Dow Jones.

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