Petrobras vence licitação para explorar petróleo na Turquia

Rio – A Petrobras arrematou dois blocos exploratórios em águas profundas no Mar Negro, concedidas pela estatal de petróleo turca Türkýye Petrollerý Anoným Ortaklidi (TPAO), desbancando gigantes mundiais como a britânica BP, a americana Exxon e a francesa Total. A estatal brasileira será parceira da TPAO nas duas áreas, com 50% de participação para cada empresa. A operação marca a estréia da Petrobras no setor de petróleo da Turquia, que produz pouco mais de 40 mil barris por dia e importa do Oriente Médio cerca de 90% de seu consumo.

"A região turca do Mar Negro é ainda bastante inexplorada, apresentando alto risco, mas perspectivas de alto prêmio", informou, em nota, a Petrobras. Segundo o texto, o país é cercado por grandes regiões produtoras de petróleo e cortado por dutos que abastecem importantes mercados consumidores na Europa.

Na licitação, foram oferecidos três blocos exploratórios, seguindo uma estratégia do governo local para reduzir a dependência externa. Os dois arrematados pela estatal brasileira chamados Kirklarelli e Sinop, ficam em lâminas d’água (profundidade entre a superfície e o fundo do mar) entre 1,2 mil e 2,2 mil metros.

GÁS 

A Petrobras informou também que iniciou a produção de gás natural no campo de Peroá, na Bacia do Espírito Santo. A plataforma local tem capacidade para 8 milhões de metros cúbicos por dia, mas só atingirá seu pico de produção depois que as obras do gasoduto entre a unidade de tratamento de gás de Cacimbas, no município de Linhares, e Vitória forem concluídas. Neste primeiro momento, a unidade produzirá até 1,3 milhão de metros cúbicos por dia com apenas um dos três poços previstos inicialmente.

O campo de Peroá teve investimentos de R$ 550 milhões em sua primeira fase, mas não poderá ser aproveitado integralmente devido à falta de capacidade de transporte do gás para Vitória, principal mercado consumidor da região. As obras do gasoduto Cacimbas-Vitória foram interrompidas em novembro do ano passado, depois que a empresa responsável, a MASA/ARG., alegou não ter capacidade financeira para tocar o projeto. Na ocasião, a Petrobrás informou que iria reiniciar as obras o mais rápido possível.

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