Petrobras quer produzir gás natural na Venezuela

A Petrobras tem interesse de desenvolver plantas para a produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Venezuela, disse ontem à noite o diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró em comemoração promovida pela companhia em parceria do grupo Astra referente à assinatura do contrato de aquisição de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Segundo Cerveró, o projeto relacionado ao GNL ainda é embrionário e ocorreria em parceria com a estatal. "Não há ainda qualquer relação com o projeto que vai se desenvolver no Brasil" disse, se referindo às duas plantas de regaseificação que a companhia vai instalar no país com capacidade total para 20 milhões de metros cúbicos. "Para atender a esta demanda existem outras fontes de importação com condições de fornecimento mais imediato", disse. Ele ainda comentou que a estatal tem planos de entrar nesta área de produção de GNL em parceria com outras empresas que atuam no Oriente Médio. "Além do Brasil ser comprador no futuro, o GNL será o grande negócio da próxima década e não queremos estar de fora", afirmou.

Cerveró disse também que a estatal estuda a utilização de uma plataforma desenvolvida em 2002 por pesquisadores do Centro de Excelência de Engenharia Naval e Oceânica (CEENO), do qual a Petrobras faz parte, através do CENPES, para produzir óleo no Golfo do México. A plataforma é um projeto pioneiro da empresa, conhecida como Mono-BR, por possui cascos de formas simplificadas, tipo mono-coluna cilíndrica e tipo navio-caixa, que facilitam a construção e minimizam os movimentos induzidos pelas ondas. "Este tipo de unidade é indicado para a região do Golfo, que possui bastante movimentação das ondas, por ter maior estabilidade", comentou. Segundo ele, este tipo de plataforma será inicialmente testado no campo de Piranema, em Sergipe, que entra em produção até o final do ano.

A unidade para Piranema está sendo construída na Holanda. Ainda segundo Cerveró, para uma primeira fase do campo de Chinook, também no Golfo do México, a Petrobras prepara uma outra inovação. Será adaptado um FPSO (navio-plataforma, com capacidade de produzir e armazenar óleo) para que as ligações submarinas ao campo produtivo sejam facilmente destacáveis quando houver ameaça de furacões. "Em torno de três dias todos os cabos podem ser destacados e a plataforma removida para um lugar seguro enquanto o tornado, ou o furacão passam pelo local" explicou o diretor.

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