A Petrobras planeja investir US$ 500 milhões no Equador até 2009 mas essa quantia pode subir se novos projetos forem aprovados, disse o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli.
"Eu vim até aqui para demonstrar o interesse da Petrobras em expandir seus investimentos no Equador, que vão somar US$ 500 milhões entre 2007 e 2009 nos blocos 18 e 31, nos quais a empresa opera", disse o executivo em entrevista coletiva à imprensa.
O aporte poderá ser maior, disse ele, porque a estatal brasileira está interessada em ajudar o Equador a desenvolver os campos Ishpingo-Tambococha-Tiputini (ITT), também localizados dentro do parque Yasuni. As reservas são estimadas em mais de 1 bilhão de barris de petróleo bruto e o desenvolvimento poderá custar US$ 5 bilhões.
Gabrielli disse que a Petrobras juntamente com a estatal chilena Enap e a chinesa Sinopec deverão apresentar um plano de desenvolvimento para o ITT ao governo equatoriano em julho.
O governo não decidiu ainda se irá ou não prosseguir com o desenvolvimento do ITT. O Estado já se ofereceu para deixar o projeto em suspenso, se a comunidade internacional concordar em pagar-lhe US$ 350 milhões por ano, num esforço para reduzir o aquecimento global. O governo deu a si mesmo um prazo de oito meses para assegurar o recebimento dessa quantia, caso contrário irá começar a desenvolver o campo.
De acordo com o diretor de operações da Petrobras naquele país, Luiz Augusto da Fonseca, a petrolífera investiu US$ 139 milhões no Equador no ano passado. A empresa produz atualmente petróleo do bloco 18, localizado na região amazônica, no leste do país, a um ritmo de 36 mil barris por dia. Metade dessa quantia é entregue ao governo como pagamento de royalty.
A empresa está aplicando cerca de US$ 400 milhões no desenvolvimento do bloco 31, 70% do qual está localizado no parque nacional Yasuni. A Petrobras quer uma nova licença ambiental, já que a primeira não foi considerada suficiente para a operação dentro da reserva.
A Petrobras também está interessada em explorar campos no golfo de Guayaquil e pode dar início ao desenvolvimento de biocombustíveis no país, disse o executivo. As informações são da Dow Jones.