Petrobras prevê expansão de 2,5% na venda de combustíveis

A Petrobras vai manter sua expectativa de crescimento do mercado nacional de combustíveis em 2,5%, apesar de ter registrado uma elevação de apenas 1% no primeiro trimestre deste ano, informou o diretor de Abastecimento e Refino, Paulo Roberto Costa. Segundo ele, o volume aquém das expectativas se deve principalmente a um consumo de diesel menor do que esperado, apesar de um saldo positivo sobre o mesmo período no ano passado.

Ele não revelou os porcentuais, mas acrescentou que além do diesel a gasolina também teve resultados positivos, bem como a nafta. Só o querosene de aviação (QAV) apresentou queda em relação aos três primeiros meses de 2006.

Ele também considerou que os resultados do seu setor, no balanço financeiro da estatal divulgado na sexta-feira, ficaram abaixo do esperado porque houve um processamento de óleo nacional menor nas unidades de refino. "Esperávamos uma carga processada de 82% de petróleo nacional, mas isso ficou na casa dos 80%", explicou. Em parte a queda na capacidade de processamento, disse, pôde ser atribuída ao atraso na entrada em produção de algumas unidades produtoras e também às paradas programadas para manutenção nas refinarias de Paulínia, Manaus, Rio Grande do Sul e Paraná.

Fatores pontuais

O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras disse que a performance da estatal no primeiro trimestre desse ano – abaixo das expectativas dos analistas segundo o balanço financeiro apresentado na última sexta-feira – foi "absolutamente pontual". "Tivemos alguns fatores que não vão se repetir, como o pagamento do Plano Petros, que consumiu cerca de R$ 1 bilhão, por exemplo" afirmou o diretor.

Ainda segundo ele, outro problema pontual foi o fato de o preço do petróleo ter caído no primeiro trimestre e isso ter afetado diretamente os resultados da petroleira. "Já estamos acompanhando este segundo trimestre e vimos que até meados de abril os preços já se recuperaram. Em alguns dias chegou a bater de novo nos US$ 65 a US$ 67 o barril, o que nos permite acreditar que isso deverá se refletir nos resultados do segundo trimestre. Tudo leva a crer que os próximos resultados da companhia serão melhores", disse.

O diretor salientou também que os custos de equipamentos e serviços, que impactaram os resultados de todas as petrolíferas no mundo todo, "já estão chegando em seu limite". "Obviamente que todos sabem que esses custos têm que ter algum limite. Não dá para ter o custo aumentando sem parar porque isso começaria a comprometer os investimentos", comentou em entrevista após participar de assinatura de convênio para formação profissional na Firjan, no Rio.

Voltar ao topo