Petrobrás poderá usar plataformas flutuantes no Golfo do México

A Petrobras poderá levar para o Golfo do México a tecnologia de exploração e produção de petróleo a partir dos navios do tipo FSPO – que estoca, processa e escoa petróleo e gás natural.

Adaptados a partir de cascos de navios, as plataformas flutuantes (semelhantes à plataforma P-50) poderão minimizar os riscos causados na produção de petróleo e gás pelos furacões ? comuns na região do Golfo do México principalmente nos meses de junho e julho.

Essas plataformas, adaptadas, permitirão que se desconectem os dutos de produção da unidade de processamento em dois a três dias, diante da ameaça da chegada de um furacão. "Os navios seriam então deslocados para áreas mais seguras, e a produção seria retomada 10 a 15 dias após a passagem do furacão", afirma o presidente da Petrobras América, Renato Tadeu Bertani.

Segundo ele, a Petrobras já estuda métodos de adaptação das plataformas ao processo produtivo no Golfo do México e, paralelamente, discute o assunto com o governo e a Guarda-Costeira dos Estados Unidos, que vem, inclusive, "incentivando" a iniciativa.

Bertani lembra que a passagem do furacão Katrina pelo Golfo do México em meados do ano passado causou estragos que até hoje não foram reparados. "Pelo menos 10% da produção ainda não foram retomados. As perdas para a economia norte-americana foram imensuráveis".

Segundo o executivo, o Katrina, afetou 645 plataformas de produção e 90 sondas, interrompendo os trabalhos, o que provocou a redução de 1,5 milhão de barris dia na extração de óleo e de até 8,7 milhões de metros cúbicos de gás natural. "Desde então, a região vem produzindo 10% menos. Muitos danos ainda não foram reparados e em junho começa nova temporada (de furacões)".

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