O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, participou da abertura do 2o. Seminário Nacional da Produção de Carnes com Qualidade/Eurozebu, no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina, na última sexta-feira (08). O evento foi promovido pela Sociedade Rural do Paraná, Governo do Paraná, Seab, Iapar, Emater e UEL.
Os produtores entregaram uma carta a Pessuti pedindo mais incentivos fiscais direcionados à produção do novilho precoce e à tipificação de carcaça e, em especial, redução da alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços sobre o valor da carne bovina comercializada para consumo no Paraná.
O estado é o 7o lugar no ranking nacional de 185 milhões de bovídeos, com 10,393 milhões de cabeças criadas em 6,7 milhões de hectares de pastagens ? 1,4 milhões de pasto nativo e 5,3 milhões cultivados. Deste rebanho, 70% são gado de corte, sendo 68% da raça nelore.
Pessuti salientou que o nível de consciência dos pecuaristas paranaenses a respeito da sanidade animal foi fator determinante para levar o Paraná a produzir 600 mil toneladas de carne em 2003. Ele destacou ainda a comercialização através das alianças entre produtores de União da Vitória, Guarapuava e Paranavaí.
“Os pecuaristas fazem parceria com outros produtores, indústrias e varejo, controlando todas as fases da criação ao consumo. O resultado é um produto especial, obtido da produção do novilho precoce e superprecoce, criado de forma ecologicamente correta, abatido no máximo com 24 meses, a entrega de carne saudável, com mais sabor e maciez, aos nichos mercadológicos específicos e a preços diferenciados”.
A participação do governo no setor através do programa Produção Paranaense de Carnes e Leite à Base de Pasto, em parceria com a Faep, e o de Pecuária de Curta Duração foram lembradas pelo secretário. Ele lembrou que o Paraná está há 100 meses sem um caso de febre aftosa e que 100% do rebanho está vacinado.
Pessuti destacou também o trabalho de inspeção de produtos de origem animal com a criação do SIPE e do Laboratório de Apoio em Saúde Animal e Vegetal, além da atuação de 142 médicos veterinários nas 120 unidades veterinárias. O secretário informou que a contratação pelo Governo de mais 34 profissionais, 10 técnicos agrícolas e 56 de apoio administrativo irá reforçar este trabalho. “Porque sem sanidade animal não há espaço comercial nos mercados nacional e internacional”.