Pessuti cobra medidas de emergência do Ministério da Agricultura

Depois de pedir ao Governo Federal mais recursos para atender os agricultores familiares do Paraná, através do Pronaf, o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, reivindica agora mais dinheiro para todos os produtores rurais.

No início da semana, Pessuti enviou ofício aos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, e ao presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb Lima, solicitando a liberação de mais dinheiro para atender os pequenos agricultores na safra 2004/05, uma vez que, segundo ele, os recursos disponíveis hoje no Banco do Brasil, para o Estado, não são suficientes para atender a todos os financiamentos.

Agora o secretário quer que todos os agricultores interessados tenham acesso aos financiamentos. Empenhado em conseguir mais crédito, enviou ofício ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, reivindicando três medidas em caráter de urgência para que os paranaenses consigam uma boa safra.

Pessuti reivindica aumentar em pelo menos 20% a oferta de crédito de custeio, a custo controlado, para que o agricultor possa absorver a alta dos insumos; limitar a taxa de juros dos recursos próprios livres dos bancos, quando destinado ao custeio, almejando no máximo a taxa SELIC (16% ªa); e modificar a Resolução Bacen 3.208, de 24/06/04, permitindo o alongamento do custeio para soja, e deixando de pressionar a comercialização da safra.

Pessuti explicou que, por diversas razões, os produtores rurais do Paraná encontram-se em dificuldades para preparar o solo, plantio e condução da safra de verão. Primeiro, porque se observa uma perversa e infeliz coincidência de aumento de custos de produção, provocado pela alta dos preços de insumos entre 15% e 20% nos últimos 12 meses (especialmente de fertilizantes e agrotóxicos) com queda dos preços dos principais produtos, ou seja, soja, milho, feijão e trigo.

Em outro momento, porque o crédito, tanto bancário como o não bancário, está cada vez mais caro e seletivo, e também porque embora os produtores detenham altos estoques de milho e de soja, estão com dificuldades para fazer receita e custear a lavoura com recursos próprios, em face aos baixos preços.

Segundo ele, se for mantido esse quadro, poderá ocorrer queda do padrão tecnológico, com efeitos negativos sobre a produtividade e sobre a renda futura. “O que estamos propondo são medidas necessárias, visando o fortalecimento da agricultura paranaense e nacional”, ressaltou.

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