Pesquisa revela que 37% dos universitários dirigem após beber

Véspera de carnaval, a preocupação dos pais com a mistura de álcool e direção aumenta. O receio não é exagerado, revela pesquisa divulgada ontem, encomendada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT): todos os 1.034 universitários ouvidos no Rio e em São Paulo, no dias 9 e 10, costumam sair de carro para se divertir. Mas 37% admitiram dirigir quando bebem. O risco, porém, é muito maior, pois mais de 80% dos que evitam assumir o volante aceitam carona de amigos alcoolizados.

Enquanto a família fica tensa, o jovem relaxa, mostra o levantamento, que entrevistou estudantes de 18 a 30 anos, das áreas de biomédicas, humanas e exatas de oito instituições de ensino superior, como a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Apenas 12% declararam que, ao saírem, combinam que um amigo vai ficar sóbrio para garantir uma volta segura da turma para a casa. Diante disso, não surpreende que 38% dos jovens tenham colegas já envolvidos em colisões por causa do álcool.

"Esperamos que sirva para alertar as pessoas, especialmente agora, com o carnaval, quando muitos abusam da bebida. Que as pessoas se dêem conta do risco a que estão expostas, e que atinge também outros motoristas e os pedestres", alertou o presidente da regional Rio da SBOT, César Fontenelle. O jovem, disse ele, muitas vezes lança mão do álcool para perder a inibição e, com isso, adquirir mais confiança, o que o torna mais propenso a ultrapassar sinais de trânsito e limites de velocidade, uma vez que os reflexos são reduzidos pela bebida.

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