Brasília – A taxa de desemprego entre as mulheres é, em média, 40% superior a dos homens na América Latina. A constatação está no relatório Panorama Laboral 2005, divulgado nesta terça-feira (18), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). "Elas têm ainda uma taxa de informalidade superior, uma taxa de proteção social inferior e também existe uma desigualdade de rendimentos", completa a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo.
No Brasil, a taxa de desemprego das mulheres é 60% superior a dos homens. A taxa de informalidade no país também é superior entre as mulheres. Enquanto 49% delas trabalham informalmente, entre os homens esse índice é de 40%. A porcentagem de mulheres que contam com cobertura da proteção social (saúde e aposentadoria) também revela a desigualdade de gênero: são 66% frente a 72% de homens.
Outra questão que merece atenção, segundo Laís Abramo, é a situação dos jovens na América Latina. "Houve uma diminuição do desemprego juvenil, mas ainda continua sendo o dobro do desemprego total na região".
O Panorama Laboral é uma publicação anual que aponta dados sobre a situação do mercado de trabalho da América Latina e Caribe. A versão lançada nesta terça-feira é uma prévia do ano de 2005 que abrange apenas o primeiro semestre e revela melhoria dos principais indicadores do mercado de trabalho como desemprego, melhoria dos salários, diminuição da informalidade e aumento da proteção social.