PEP deveria ser à prova de rebeliões

Inaugurada em abril do ano passado, a Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) ocupa uma área de 12.800 metros quadrados ao lado da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, e tem capacidade para abrigar 550 detentos em 169 celas. A penitenciária recebeu investimentos de R$ 8,5 milhões -em parceria com o governo do Estado e Ministério da Justiça -, e é administrada por uma empresa privada de segurança, com sede em Santa Catarina, tendo um custo de R$ 650 mil mensais para o Estado. Considerada uma das mais seguras do País, deveria também ser à prova de rebeliões, mas com o episódio ocorrido hoje, em que dois presos foram assassinados, o sistema de segurança deverá ser revisto pelas autoridades.

O projeto arquitetônico -que conta com três túneis -foi elaborado para que os presos e as visitas não conheçam a estrutura da unidade. O detento não consegue ter noção do movimento na prisão ou do trabalho dos funcionários, o que dificulta estratégias de fuga ou rebelião. O acesso de funcionários e familiares é feito mediante cadastro em um sistema informatizado, que passa por um leitor ótico que confirma a imagem e impressão digital do visitante. Além disso, os visitantes também passam por uma revista pessoal e por um detector de metais.

Ao abrir uma das celas da 7ª galeria da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) para encaminhar os detentos ao pátio, um agente penitenciário foi rendido e os presos deram início a uma rebelião no local. Durante o motim, que teve início na manhã de hoje, dois internos que faziam reformas no pátio foram assassinados e três agentes penitenciários foram mantidos como reféns.

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