Paulo Bernardo quer estreitar relações com Legislativo

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse hoje (25), em Curitiba (PR), que está trabalhando para melhorar a relação entre o Executivo e o Legislativo, particularmente a Câmara dos Deputados, de onde saiu para assumir o cargo. "Queremos ter uma proximidade maior e pressupomos que isso tenha que ser feito dos dois lados", acentuou Bernardo, que foi homenageado por empresários e políticos durante um almoço.

Segundo o ministro, uma das principais cobranças que os parlamentares fazem é sobre as emendas orçamentárias. "É razoável que o governo faça um calendário para fazer a execução dessas emendas, mas acho que não é razoável querer que se execute todas as emendas que são aprovadas", afirmou. No ano passado, esse volume foi de R$ 10 bilhões. "Temos que nos debruçar e negociar isso com o Congresso."

Bernardo disse também ter ouvido críticas de que alguns ministros não dialogam ou não recebem parlamentares. "São críticas justas", registrou. "O governo tem que dialogar." De acordo com ele, nem sempre é possível resolver os problemas. "Temos que ter clareza para dizer que isso não pode ser feito", afirmou. "É uma resposta que agrada mais do que não dar resposta alguma."

O ministro do Planejamento informou que já se reuniu com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebello, e com o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)0, colocando-se à disposição para ajudar no diálogo. "É razoável que se converse", repetiu.

Um dos assuntos a serem negociados por ele com o Congresso Nacional é o estabelecimento de um calendário mais rígido para a discussão sobre o orçamento. "É injustificável deixar para votar, como no ano passado, no dia 30 de dezembro", declarou. Ele ressaltou que não estava "jogando pedras" no Congresso, mesmo porque era ele o presidente da Comissão de Orçamento da Câmara. Bernardo garantiu que o orçamento chegará ao Congresso até o dia 31 de agosto. "Temos que ter empenho do Executivo e do Legislativo para tramitar de forma mais planejada e não fazer votações em cima do joelho", apelou.

Hoje (26), o Ministério deverá fazer uma videoconferência, a partir de Brasília, para estimular os novos prefeitos a fazerem seus Planos Plurianuais. Apesar de não ser obrigatório para todos os municípios, ele pretende difundir o máximo possível e colocar técnicos à disposição para que todos os interessados não tenham dificuldades para elaborar mais essa ferramenta de administração. "É o plano de governo traduzido em lei", definiu.

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