Parlamento Europeu quer excluir times com torcida racista

O Parlamento Europeu adotará formalmente nesta terça-feira uma resolução em que reivindicará medidas contundentes contra atos de racismo cometidos em jogos de futebol, incluindo a suspensão de partidas e a expulsão de federações e clubes reincidentes.

O texto, assinado por 420 dos 732 deputados da Câmara Européia, condena energicamente toda forma de racismo, tanto no campo quanto nas arquibancadas dos estádios. O Parlamento pede às estrelas do futebol, especialmente aos jogadores e aos treinadores, que se manifestem regularmente contra este tipo de discriminação. Além disso, pede à Uefa e aos responsáveis pelas competições européias que aprovem medidas de punição a estes casos.

Os deputados querem que os árbitros tenham a opção de interromper ou encerrar partidas em caso de abuso racista grave. A Câmara Européia também reivindicará que se estude uma opção para impor sanções esportivas às federações nacionais de futebol e aos clubes cujos jogadores e torcedores cometam atos racistas.

"O mais importante é que os responsáveis entendam a mensagem e imponham sanções adequadas", explicou a deputada holandesa Emine Bozkurt, do Partido Socialista Europeu, em entrevista à agência EFE. "A Copa da Alemanha será uma prova de fogo para ver como as autoridades do futebol lidarão com esse sério problema."

Por não haver a necessidade de votação no plenário, a resolução será adotada na terça-feira de forma administrativa. A apresentação será feita em entrevista coletiva, que contará com a presença de várias personalidades. Dentre eles, o presidente do Parlamento Europeu, Josep Borell, representantes da Uefa e da rede de organizações contra o racismo no futebol FARE

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