Parentes de vítima do Seneca colhem sangue para DNA

O pai e um tio da professora Fátima Campos Lopes, de 27 anos, uma das vítimas do acidente com o bimotor Seneca no Espírito Santo, estiveram nesta quarta-feira (25) no Departamento Médico Legal de Vitória. Amadeu Lopes, de 75 anos, e o irmão, Manoel, de 68, tiveram sangue coletado para realização de exame de DNA. No domingo, um corpo de mulher foi retirado do mar por pescadores, em Linhares.

Seis pessoas da mesma família morreram no acidente, ocorrido na noite do dia 13. Além de Fátima, permanecem desaparecidos o piloto Alduíno Coutinho de Souza e o filho caçula Rafael Oliveira de Souza, de 26 anos, noivo de Fátima.

De acordo com Romildo Rabbi, chefe da perícia médica do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, não foi possível reconhecer o corpo visualmente. "O corpo tem múltiplas fraturas. Os ossos da face, da mão e parte dos ossos das pernas estão ausentes por causa das fraturas, causadas por traumatismo", afirmou. Só havia uma peça de roupa íntima na mulher, que não foi reconhecida por Amadeu.

Rabbi explicou que para o exame de DNA completo seria necessário que um parente da mãe de Fátima também doasse material. Mas a jovem era órfã desde os 9 meses e não tem tios por parte de mãe. "Vamos precisar de pelo menos 15 dias obter algum resultado, que pode não ser conclusivo", afirmou. Fátima será enterrada no Cemitério São Francisco Xavier, ao lado da mãe.

Equipes do Corpo de Bombeiros continuam procurando os últimos dois corpos e destroços do avião. A Força Aérea Brasileira e a Marinha já suspenderam as buscas. A Agência Nacional de Aviação Civil precisa localizar o painel e o motor da aeronave para tentar esclarecer as causas do acidente.

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