Volta às aulas no Colégio Estadual do Paraná

Depois de dois dias de protestos e paralisação das atividades, ontem as aulas voltaram ao normal no Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba. Uma reunião na próxima quarta-feira com o secretário de Estado da Educação, Maurício Requião, representantes de pais, alunos, funcionários, professores e a diretora do Colégio, Maria Madselva Feijes, vai debater as reivindicações dos manifestantes.

Os protestos começaram na quarta-feira e suspenderam as aulas até a sexta-feira. Os alunos querem que a escolha da direção seja feita através de eleição. Atualmente, o CEP é considerado uma autarquia do governo estadual e seu diretor é indicado pelo governador. Além do pedido por mais democracia, os estudantes também se juntam a professores e funcionários para criticar supostas atitudes autoritárias da atual direção da escola. Um documento com 25 denúncias de irregularidades foi entregue à Secretaria de Estado da Educação (Seed), que se comprometeu, em anúncio feito por meio de uma nota oficial, a apurar as acusações.

Na manhã de ontem o clima era de tranqüilidade no local. Na entrada do prédio, restavam apenas os sinais da manifestação do dia anterior. Entre os cartazes que ainda estavam colados, estava um que pede a saída da atual diretora Maria Madselva.

Solução

Segundo a professora do CEP e secretária educacional do APP – Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná, Janislei Albuquerque, a expectativa é que a comissão de negociação solucione o impasse. ?Não dá mais para os alunos ficarem sem aulas. Temos o vestibular em dez dias e o prejuízo dos alunos já foi enorme. Vamos ver o que o governo vai ter a dizer?, afirmou.

Para ela, uma gestão democrática dentro do colégio é, inclusive, um processo pedagógico. ?Nós (APP-Sindicato) entendemos que a escola é o primeiro espaço público em que a criança convive. Se ela tem o convívio de uma escola democrática, vai aprender a democracia. Esse é um conceito que não se aprende só nos estudos?, explicou.

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