A partir de 1.º de fevereiro

Vigilantes vão entrar em greve em fevereiro

Os vigilantes de empresas de segurança privada aprovaram, em assembleia na noite de quarta-feira, a greve geral da categoria para o próximo dia 1.º. Eles não concordaram com a proposta do sindicato patronal. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, a paralisação começa à meia-noite de quinta-feira da semana que vem e vai atingir bancos, indústrias, comércio, segurança pessoal e transporte de valores. “Os trabalhadores ficaram indignados com a proposta das empresas de manter o mesmo piso do ano passado. Seria aumento de 2% sobre o piso, de R$ 1.140”, explica João Soares, presidente do sindicato.

A categoria reivindica aumento real de 10%, o reajuste do vale-alimentação de R$ 15,50 para R$ 20 e o adicional por periculosidade de 30% sobre o salário. Atualmente, o percentual para o benefício é de 15%. “As empresas até concedem esta diferença na periculosidade, mas tiram a inflação no salário”, afirma Soares.

O outro lado

O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR), Jeferson Nazário, explica que a proposta contempla a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas o percentual de 6,20% ficaria dividida em 2% no salário e 4,20% no vale-alimentação. O benefício receberia este índice mais o repasse integral da inflação, passando de R$ 15,50 para R$18,50.

O sindicato patronal também oferece a elevação para 30% no adicional de periculosidade, prevista em lei federal. “A lei precisa de regulamentação do Ministério do Trabalho. Esta negociação já contempla a diferença sem esperar a regulamentação. Se houver paralisação, vamos aguardar a regulamentação da lei, o que pode demorar 10 meses”, comenta. De acordo com Nazário, o Sindesp-PR ainda não havia sido comunicado oficialmente sobre a rejeição da proposta e a aprovação da greve até o início da tarde de ontem.