Vereador quer explicação sobre cartão-educação

A instalação de catracas e adoção do cartão-educação nas escolas municipais de Curitiba está sendo questionada pelo vereador Adenival Gomes (PT). Ele critica a forma como a prefeitura de Curitiba está implantando o sistema. Para ele, por se tratar de valores altos, a Câmara e a população deveriam ser consultados primeiro.

Até o fim do ano todas as escolas da rede municipal devem estar equipadas com catracas e os 115 mil alunos vão ganhar o cartão-educação. Com ele, a Secretaria Municipal de Educação vai controlar a freqüência e a vida acadêmica dos alunos. Além disso, o cartão será usado nos postos de saúde, possibilitando aos médicos observar todo o histórico das crianças.

Mas não é só isso: os alunos também terão outros benefícios, como entrar de graça em cinemas e teatros da Fundação Cultural de Curitiba, acesso a qualquer Farol do Saber da cidade, descontos de 20% em farmácias e outros estabelecimentos comerciais do bairro onde moram. Cinqüenta escolas já contam com o dispositivo. Quem está implantando e vai operar o sistema é o Instituto Curitiba de Informática (ICI), organização que presta serviços em informática para a Prefeitura.

Para o vereador, a proposta pode ser boa, mas ele não concorda com a forma como foi feita. Segundo ele, a confecção de cada cartão custou R$ 30,00 e não se sabe ao certo quanto isso vai custar para os cofres públicos. “Se faltam recursos até para repor a inflação no salário dos professores, como alega a Prefeitura, não pode estar sobrando dinheiro para realizar parcerias milionárias com o ICI”, supõe.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, o contrato com ICI é legal. Mas informou que no momento não dispunha de meios para responder quanto a Prefeitura de Curitiba está destinando para esta finalidade. Mas sabe-se que existe um contrato no valor de R$ 2 milhões para 60 meses de atividade em todo o sistema de informática da Prefeitura. A assessoria de imprensa do ICI alega que não poderia divulgar informações sobre seus clientes. O vereador Adenival espera conseguir mais informações sobre o sistema e, se for o caso, oferecer denúncia ao Ministério Público.

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