Verão aumenta riscos de pragas urbanas

O calor e a umidade típica do verão contribuem para que algumas pragas urbanas se proliferem de forma intensa e sejam percebidas de maneira mais comum dentro de casas, quintais e jardins.

Nesta época do ano, a população deve tomar alguns cuidados para evitar problemas e garantir que o convívio com os animais, que muitas vezes geram riscos à saúde humana, seja harmonioso.

As pragas urbanas que mais costumam aterrorizar as pessoas em períodos de calor são a aranha-marrom, o Aedes aegypti (mosquito causador da dengue) e as lagartas, que muitas vezes geram queimaduras graves. Porém, existem muitas outras com as quais as pessoas devem tomar cuidados e ficar atentas.

Segundo a chefe de fauna do Centro de Controle de Zoonoses de Curitiba, Claudia Staudacher, a incidência de pragas urbanas deve ser maior até o mês de março.

“No frio, muitos animais ficam debaixo da terra e se alimentam menos. Com a chegada do calor, eles começam a sair mais a procura de alimentos, que geralmente são mais abundantes, e passam a ser percebidos com mais frequência pelas pessoas”, afirma.

Entre as pragas mais ativas no verão estão as baratas, que começam a sair dos bueiros; as serpentes, muitas vezes encontradas nos jardins e mesmo dentro de casas; os percevejos, sendo que alguns se alimentam de sangue e outros de seiva, sendo inofensivos aos homens; pernilongos; ratos; caramujos; aranhas de jardim, como a armadeira (tida como muito venenosa); e escorpiões. Destes últimos, em Curitiba é possível encontrar animais da espécie Tityus Stigmurus, que contêm bastante peçonha.

Para não ter problemas, Claudia diz que é importante evitar o acesso dos animais às casas através de barreiras físicas (como telas de janela e objetos que os impeçam de entrar por debaixo de portas), evitar que eles encontrem abrigos em frestas e outros locais, cuidar para que não haja acúmulo de água parada, para que as residências estejam sempre limpas e o lixo seja bem acondicionado, tendo destino correto.

“Em casos de picadas de animais, é aconselhável procurar um médico o mais rápido possível. Também é importante que a pessoa capture o bicho que a picou e o leve até a unidade de saúde, para que os médicos possam dar o encaminhamento correto ao caso”, recomenda.