Vales-transporte de papel saem de circulação

A empresa que gerencia o transporte coletivo de Curitiba (Urbs) não irá mais vender o vale-transporte de papel a partir do dia 15 de junho. Isso significa que o sistema que opera com o cartão-transporte vai ser implantado definitivamente, se estendendo a todos os usuários. Os vales de papel, porém, podem ser usados até o dia 31 de agosto. Depois disso, só será aceito crédito ou dinheiro. No entanto, as empresas vão ter que correr contra o tempo. Das 7.077 cadastradas apenas 2.200 já autorizaram a emissão de cartões para os seus funcionários. Os trabalhadores representam 80% do número de passageiros.

O gerente do projeto de bilhetagem eletrônica, Marcos Bezerra, disse que o cadastramento das empresas começou no início do ano, tempo suficiente para que todos tivessem se adequado a nova realidade. Isso significa que aquelas que não comprarem o vale de papel até o dia 15 e também não tiverem autorizado a emissão dos cartões vão ter que pagar os funcionários em moeda corrente. Com isso, haverá um aumento no volume de dinheiro circulando nos ônibus, elevando os riscos de assaltos.

Segundo Bezerra, eles previram que isso poderia ocorrer, mas afirma que à medida que as empresas forem aderindo ao novo sistema a segurança vai aumentar. Um dos problemas do sistema atual é a quantidade de dinheiro que os funcionários das empresas transportam quando vão até a Urbs efetuar a compra dos vales.

O usuário comum que quiser fazer o cartão deve procurar a Urbs, levando um documento e comprovante de endereço. Se não houver filas, o processo demora apenas 10 minutos.

Compra de créditos

Bezerra explica que a compra e a recarga do cartão são dois processos diferentes. As empresas compram os créditos e avisam os funcionários que eles já podem recarregar os cartões em algum posto espalhado pela cidade. Já o usuário comum deverá comprar o crédito na Urbs, mas posteriormente ele poderá efetuar a compra pela internet, casas lotéricas e nos próprios terminais.

No total vão ser 300 pontos de recarga. Hoje já existem alguns operando nos principais terminais de ônibus da cidade (Boqueirão, Carmo, Hauer, Cabral, Bairro Alto e Capão da Imbuía) e ruas da cidadania que tem postos da Urbs. Bezerra aposta que os usuários vão aprovar as mudanças. Segundo ele, as pessoas que já utilizam o sistema (idosos, estudante, deficientes e cerca de 4o mil usuários comuns) estão satisfeitos. As reclamações giram em torno de 1%. “É mais seguro. Se a pessoa perder o cartão poderá bloqueá-lo e readquirir a maior parte dos créditos”, assegura.

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