Vacinação atinge 130 mil crianças em Curitiba

Durante todo o dia de ontem, cerca de 130 mil crianças de Curitiba, de até 5 anos, receberam a segunda dose da vacina contra a poliomielite ou paralisia infantil, doença causada pelo poliovírus. Cerca de 3 mil pessoas trabalharam em 256 postos de vacinação espalhados pela cidade, incluindo unidades de saúde, creches, supermercados, terminais de ônibus e uma tenda montada na Boca Maldita. A primeira fase de vacinação ocorreu em junho.

A abertura oficial da campanha aconteceu às 10h, na unidade de saúde Tapajós, no bairro do Xaxim (zona sul). No local, foram realizadas apresentações da banda Lyra Curitibana e brincadeiras para as crianças. Também foram disponibilizadas orientações sobre dengue e hipertensão arterial. Participaram das atividades o prefeito em exercício, Beto Richa, e o secretário municipal da Saúde, Michelle Caputo Neto. “A poliomietlite já está erradicada no Brasil, mas precisamos continuar vacinando as crianças para que o problema não volte”, declarou o secretário.

Há 14 anos não é identificado um único caso de paralisia infantil no Brasil. Em 1994, o País recebeu o certificado de erradicação da doença. Porém, como a pólio não foi erradicada no mundo (ainda existe em sete países), os brasileiros só vão continuar livres do problema com a continuidade da vacinação. No Paraná, o último registro da doença foi feito em 1986. Em Curitiba, em 1985.

Brasil

A expectativa da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, é vacinar mais de 17 milhões de crianças. Para isso, foram mobilizados mais de 443 mil servidores e voluntários distribuídos em 139 mil postos, em todo o País. Para que os municípios de difícil acesso não corram o risco de não vacinar suas crianças, o Sistema Único de Saúde (SUS) colocou em campo mais de 40 mil veículos, incluindo dez aeronaves e 2.500 embarcações.

Na primeira etapa da campanha, em 14 de junho, foram vacinadas 16,79 milhões de meninos e meninas. Isso representa a cobertura de 98,3% do total de crianças menores de 5 anos, índice superior aos 95% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde investiu R$ 41,1 milhões para realizar a campanha de 2003. Desse total, R$ 12,5 milhões foram repassados aos estados e municípios para a operacionalização das duas etapas. Nessa segunda fase, o investimento foi de R$ 14,3 milhões, sendo R$ 9,3 milhões para a compra de 29,5 milhões de doses da vacina e R$ 5 milhões destinados à publicidade.

A vacina contra a pólio deve ser tomada por todas as crianças menores de 5 anos, mesmo que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarréia. Não existe tratamento para a pólio, somente a prevenção, por meio da vacina, garante que a pessoa fique livre da doença.

Hepatite

Nos mesmos locais em que foi disponibilizada a vacina contra a poliomielite, também foram oferecidas doses da vacina contra a hepatite B, transmitida pelo ato sexual, por sangues, secreções infectadas, uso compartilhado de agulhas, instrumentos contaminados usados em brincos, piercings e tatuagens, no parto (de mãe para filho) e no contato próximo entre crianças e parentes infectados. No Estado, 80% dos casos são verificados em pessoas entre 15 e 49 anos de idade. (com agência RedeSaúde)

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