Universidades estaduais vão parar por três dias

As instituições de ensino superior vinculadas ao Estado do Paraná vão paralisar suas atividades por três dias, a partir da próxima terça-feira. Professores e servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da Unicentro e da Unioeste reivindicam melhores salários para a categoria. Essas instituições são responsáveis por formar cerca de 50 mil estudantes.

Segundo a presidente do Sindicato de Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Ana Estela Codato, os funcionários técnico-administrativos querem a implementação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), de modo que abonos salariais sejam vinculados ao salário, conforme acordos anteriores com o governo do Estado. Os docentes, afirma ela, reivindicam reajuste, pois estão desde março de 2002 sem alteração salarial. ?Em 2002, os docentes tiveram uma correção de 13,55% em seus salários. Antes disso, fazia sete anos que não tinham reajuste?, afirma. Ana diz que antigamente ganhava-se bons salários na UEM, mas atualmente a defasagem pode chegar a 60%.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Unioeste, Maria Lucia Frizon Vizzotto, afirma que além do PCCS e do reajuste, a instituição busca a realização de concurso público para professores e servidores, além de ampliação do orçamento. Conforme ela, reitores das universidades estaduais, em conjunto com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e Secretaria de Estado de Administração e Planejamento (Seap), fizeram reuniões e elaboraram uma proposta para o governador. ?Mas ele não assina. É a terceira proposta?, considera. A Unioeste possui campi em Foz do Iguaçu, Toledo, Marechal Cândido Rondon, Cascavel e Francisco Beltrão.

?O governo não abre negociação para discutir a pauta?, afirma Sandra Lourenço, que representa os docentes da Unicentro. Ela diz que está se pensando em indicativo de greve na instituição, que possui campi em Guarapuava e em Irati.

A UEM informou que só vai se pronunciar na segunda-feira, depois das reuniões dos três conselhos superiores – Conselho Universitário, Conselho de Administração e Conselho de Ensino e Pesquisa. A Seti foi procurada pela reportagem de O Estado, mas não proferiu declarações.

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