UEM e usina conservam germoplasma

Diante do risco de perda de recursos genéticos de espécies florestais na região, a Universidade Estadual de Maringá e a Usina de Açúcar Santa Terezinha Ltda. (de Maringá e com unidades industriais também em Paranacity, Tapejara e Ivaté), mediante convênio, desenvolvem projeto para conservação de germoplasma florestal de espécies nativas.

A iniciativa prevê acompanhamento técnico da recomposição de áreas de preservação permanente e de reserva legal em locais próprios. O projeto já está em execução e será desenvolvido em três etapas. Na primeira, voltada à recomposição de preservação permanente, houve seleção de área em torno de represa e nascente próxima à usina, onde serão reflorestados 5,5 hectares, e na Fazenda Canadá. Ocorreu o plantio das espécies nativas grandiuva, aroeira, capixingui e coração de nego a partir de mudas disponibilizadas pelos viveiros regionais do Instituto Ambiental do Paraná e de prefeituras municipais. A usina também mantém viveiro próprio.

A reposição de reserva legal (segunda etapa) prevê manejo florestal sustentável em 42,28 hectares da Fazenda Itatiaia. Ela já dispõe de 24,28 hectares de reserva legal e uma outra área experimental de 18 hectares, a qual deverá ser recomposta. Espécies plantadas: amendoim, jequitibá, guarita, pau-d?alho, canafístula, ipê-roxo, peroba-rosa, cedro, cabreuva.

A conservação de germoplasma florestal de espécies nativas, para a professora Sueli Sato Martins, doutora em Ciência Florestal e do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá, é importante em decorrência do risco de perda de recursos genéticos de espécies florestais. Ela responsabiliza a exploração predatória pela perda de grande parte da variabilidade genética de espécies de interesse madeireiro da bioma floresta estacional semidecidual. Com isto, houve diminuição de áreas para coleta de sementes, sendo reduzido de forma drástica o número de indivíduos superiores para manutenção de sementes.

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