Trabalhadores na planta da Eletrosul (integrante do sistema Eletrobrás) em Curitiba iniciaram ontem paralisação de 48 horas. A decisão de cruzar os braços foi tomada em assembleia na sexta-feira, como alerta contra as imposições da empresa no plano voluntário de demissão e na intransigência de negociar os reajustes salariais e benefícios sociais 2013/2014.
Os funcionários pedem reajuste inflacionário de 6,58% mais ganho real de 4,63%, correspondente à média de crescimento do consumo de energia elétrica no País. “A companhia apresentou apenas a proposta de reajuste de 6,49%, e o que é pior, encaminhou ofício ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, apresentando o Plano de Incentivo ao Desligamento das empresas do sistema Eletrobrás, com diversos absurdos trabalhistas, entre eles a redução da PLR (participação nos lucros e resultados)”, destacou o diretor do Sindicato dos Eletricitários (Sindenel), Dion Oliveira.
Rumos
A direção nacional dos sindicatos dos eletricitários estará reunida durante toda semana para traçar os rumos do movimento. Nova reunião com a empresa está marcada para quinta-feira. “A greve poderá até se alongar, caso não haja avanços nas negociações”, adianta Oliveira.