Torcida argentina festeja terceira vitória na Copa

Só alegria! Esse era o resumo da torcida argentina após a terceira vitória da seleção alviceleste na Copa da África do Sul. Em Curitiba, cerca de 60 animados torcedores fizeram do Café Villa das Artes, no bairro Alto da XV, um autêntico pedaço de Buenos Aires.

Na partida de ontem, ficou claro que, apesar da histórica rivalidade Brasil/Argentina, os hermanos contam com o reforço de inúmeros brasileiros. São maridos, esposas, filhos que fazem parte das cerca de 900 famílias argentinas que residem em Curitiba.

Diante da brilhante campanha da seleção argentina na Copa, a expectativa era novamente de uma grande apresentação. O torcedor Raul Maccio, que mora há 17 anos em Curitiba, já apostavam num placar de gols, apesar de o técnico Diego Maradona poupar alguns dos astros titulares de sua seleção. “Jogar com um time que não é titular pode ser bom. Assim, quando formos pegar a amarelinha, na final, estaremos descansados”, brinca.

Casado com uma brasileira, Raul conta que o coração da família está dividida entre a seleção canarinho e os comandados de Maradona, já que dos três filhos, apenas o caçula, que nasceu no Brasil, torce pelo Brasil.

O filho mais velho de Raul, Luciano Maccio, revela que até torce pela seleção de Dunga, mas é enfático ao afirmar para quem vai a torcida no confronto entre as duas seleções. “Aí o sangue é mais forte. Vou torcer para a Argentina”, sentencia.

Outro brasileiro que reforçou a torcida dos hermanos ontem foi o curitibano Fernando Zanardini. “Quando a Argentina joga eu torço. É um povo muito simpático. Me sinto muito bem aqui”, diz.

Numa eventual final entre Brasil e Argentina, ele, no entanto, se mantém em cima do muro. “Prefiro não assistir”, brinca. Zanardini entende que, pelo futebol apresentado até então, a Argentina é a favorita para conquistar o caneco.

A responsável pelo Café, Marcela Crespe, que mora há 20 anos no Brasil, prevê promover novos encontros para os próximos jogos. “Esperamos que os horários nos permitam reunirmos novamente. Nos jogos que ocorreram de manhã, muitos não conseguem deixar o trabalho para ver o jogo”, diz.